PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Dlamini Zuma convida África a atrair juventude para agricultura
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – África precisa de encontrar formas de tornar a agricultura atrativa para a juventude, que pode transformar-se num motor de industrialização, defendeu quarta-feira, em Addis Abeba, a presidente da Comissão da União Africana (CUA), Nkozasana Dlamini Zuma.
Zuma falava em conferência de imprensa sobre "Agricultura e Segurança Alimentar" como tema da 22ª cimeira ordinária dos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) de 30 a 31 de janeiro na capital etíope.
De acordo com a diplomata sul-africana, em quase todos os países africanos a maioria de pessoas envolvidas na agricultura é velha num continente onde cerca de 75 porcento da população está abaixo dos 25 anos de idade.
Para inverter este quadro, disse, é importante fazer com que a juventude crie interesse pela agricultura porque "não podemos alcançar a África que queremos se não investirmos na juventude", enquanto se procura, ao mesmo tempo, garantir que as mulheres não sejam apenas trabalhadoras do campo mas também verdadeiras fazendeiras.
No seu entender, ser-se fazendeira significa que a mulher tem acesso ao capital, que é capaz de formar cooperativas, processar comida e tornar-se competitiva.
Isto porque a agricultura pode "transformar o nosso continente e é uma forma importante de partilhar a prosperidade", declarou Zuma, lembrando que, contrariamente aos outros continentes, África tem bastantes recursos naturais, incluindo vastos espaços terrestres e marítimos bem como terras aráveis abundantes.
Por isso, disse, é necessário "que nos concentremos nesses recursos para ver como mudar as coisas, de que tipo de infraestrutura precisamos para melhorar a produtividade e como influenciar os preços dos nossos produtos para termos valor acrescentado".
Explicou que a busca de respostas a estas e outras questões relevantes constitui uma das razões pelas quais a Comissão da UA lançou uma ampla consulta à escala continental para sensibilizar as pessoas e recolher subsídios para a materialização da "África que queremos".
Estas consultas visam obter mais informações, perspetivas e sugestões de todos, incluindo do cidadão comum, dos académicos, da imprensa, dos governos e outros atores, para desenvolver o projeto de Documento-Quadro da Agenda 2063 para África, disse.
"Depois de concluído o projeto, queremos que todos se apropriem dele. Não apenas governos mas todos, para que cada um possa finalmente dizer sim é esta África que eu quero", realçou.
Segundo a Comissão da UA, as aspirações da Agenda 2063 incluem o alcance de uma África próspera baseada no crescimento inclusivo e no desenvolvimento sustentável, um continente transformado onde o crescimento económico é traduzido em riqueza equitativa e criação de emprego.
A Agenda 2063 prevê um continente integrado, capaz de mobilizar os seus próprios recursos financeiros sem depender de ajuda mas do comércio, politicamente unificado, que possa falar a uma só voz e baseado nos ideais do pan-africanismo.
-0- PANA IZ 29Jan2014
Zuma falava em conferência de imprensa sobre "Agricultura e Segurança Alimentar" como tema da 22ª cimeira ordinária dos chefes de Estado e de Governo da União Africana (UA) de 30 a 31 de janeiro na capital etíope.
De acordo com a diplomata sul-africana, em quase todos os países africanos a maioria de pessoas envolvidas na agricultura é velha num continente onde cerca de 75 porcento da população está abaixo dos 25 anos de idade.
Para inverter este quadro, disse, é importante fazer com que a juventude crie interesse pela agricultura porque "não podemos alcançar a África que queremos se não investirmos na juventude", enquanto se procura, ao mesmo tempo, garantir que as mulheres não sejam apenas trabalhadoras do campo mas também verdadeiras fazendeiras.
No seu entender, ser-se fazendeira significa que a mulher tem acesso ao capital, que é capaz de formar cooperativas, processar comida e tornar-se competitiva.
Isto porque a agricultura pode "transformar o nosso continente e é uma forma importante de partilhar a prosperidade", declarou Zuma, lembrando que, contrariamente aos outros continentes, África tem bastantes recursos naturais, incluindo vastos espaços terrestres e marítimos bem como terras aráveis abundantes.
Por isso, disse, é necessário "que nos concentremos nesses recursos para ver como mudar as coisas, de que tipo de infraestrutura precisamos para melhorar a produtividade e como influenciar os preços dos nossos produtos para termos valor acrescentado".
Explicou que a busca de respostas a estas e outras questões relevantes constitui uma das razões pelas quais a Comissão da UA lançou uma ampla consulta à escala continental para sensibilizar as pessoas e recolher subsídios para a materialização da "África que queremos".
Estas consultas visam obter mais informações, perspetivas e sugestões de todos, incluindo do cidadão comum, dos académicos, da imprensa, dos governos e outros atores, para desenvolver o projeto de Documento-Quadro da Agenda 2063 para África, disse.
"Depois de concluído o projeto, queremos que todos se apropriem dele. Não apenas governos mas todos, para que cada um possa finalmente dizer sim é esta África que eu quero", realçou.
Segundo a Comissão da UA, as aspirações da Agenda 2063 incluem o alcance de uma África próspera baseada no crescimento inclusivo e no desenvolvimento sustentável, um continente transformado onde o crescimento económico é traduzido em riqueza equitativa e criação de emprego.
A Agenda 2063 prevê um continente integrado, capaz de mobilizar os seus próprios recursos financeiros sem depender de ajuda mas do comércio, politicamente unificado, que possa falar a uma só voz e baseado nos ideais do pan-africanismo.
-0- PANA IZ 29Jan2014