PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Divisões políticas e étnicas são primeiras causas de violências no Togo, diz responsável togolês
Lomé, Togo (PANA) – O presidente da Comissão Verdade, Justiça e Reconciliação (CVJR) no Togo, Monsenhor Nicodème Barrigah-Benissan, afirmou que "as divisões políticas e étnicas são as primeiras causas das violências de 1958 e 2005 no Togo".
"Na análise dos dossiés consultados, nota-se claramente que as divisões políticas e étnicas são as primeiras causas das violências que marcaram o curso de nossa história nacional, nomeadamente durante consultas eleitorais", disse Monsenhor Barrigah-Benissan durante uma conferência de imprensa sobre o balanço das atividades da CVJR efetuado após nove semanas de audiências em todo o território nacional,.
Ele disse que, com efeito, até recentemente, as eleições no Togo sempre coincidiram com uma explosão de violências cujo paroxismo foi registado durante as presidenciais de 2005.
Na sua opinião, é importante sublinhar que as violências políticas não são as únicas razões dos confrontos que opuseram Togoleses uns aos outros.
"Análise feita, nota-se se rápido que as consultas eleitorais funcionaram muitas vezes como detonadores que fizeram explodir frustrações e rancores cumulados há muito tempo por diversas razões, entre as quais dissensões étnicas, conflitos fundiários, problemas de chefia, abusos administrativos e políticos, exações das forças de defesa e, evidentemente, a impunidade", prosseguiu.
De 7 de setembro último a 19 de novembro corrente, a CVJR, durante as audiências, percorreu o território nacional para escutar, seguir e partilhar a relação dos fatos de abusos e de violações dos direitos humanos cometidos por razões políticas no Togo entre 1958 e 2005, segundo o monselhor.
Esta fase importante das atividades da Comissão, acrescentou Barrigah-Benissan, permitiu à Comissão selecionar e tratar 508 dossiés apresentados durante 424 audiências públicas, das quais 28 à porta fechada, 51 em privado e cinco em visioconferência, sobre mais de 20 mil 011 depoimentos recolhidos.
A CVJR, devido à complexidade da sua tarefa, pediu ainda uma prorrogação de três meses para acabar o relatório sobre as propostas de programa de reparação dos prejuízos causados às vítimas, anunciou o seu presidente.
Criada a 25 de maio de 2009 e implementada a 29 de maio do mesmo ano, a CVJR tem por mandato investigar sobre as violências políticas que mancharam a vida sociopolítica do Togo de 1958 a 2005 e "propor medidas suscetíveis de favorecer o pardão e a reconciliação nacional".
A sua criação foi sobretudo motivada, indica-se, pelas violências políticas de 2005, na sequência da eleição controversa de Faure Gnassingbé para substituir à frente do país o seu pai Eyadéma Gnassingbé, falecido em fevereiro de 2005, e que fizeram pelo menos 500 mortos e milhares de feridos, segundo um inquérito da Organização das Nações Unidas (ONU).
-0- PANA FAA/TBM/IBA/CJB/DD 26nov2011
"Na análise dos dossiés consultados, nota-se claramente que as divisões políticas e étnicas são as primeiras causas das violências que marcaram o curso de nossa história nacional, nomeadamente durante consultas eleitorais", disse Monsenhor Barrigah-Benissan durante uma conferência de imprensa sobre o balanço das atividades da CVJR efetuado após nove semanas de audiências em todo o território nacional,.
Ele disse que, com efeito, até recentemente, as eleições no Togo sempre coincidiram com uma explosão de violências cujo paroxismo foi registado durante as presidenciais de 2005.
Na sua opinião, é importante sublinhar que as violências políticas não são as únicas razões dos confrontos que opuseram Togoleses uns aos outros.
"Análise feita, nota-se se rápido que as consultas eleitorais funcionaram muitas vezes como detonadores que fizeram explodir frustrações e rancores cumulados há muito tempo por diversas razões, entre as quais dissensões étnicas, conflitos fundiários, problemas de chefia, abusos administrativos e políticos, exações das forças de defesa e, evidentemente, a impunidade", prosseguiu.
De 7 de setembro último a 19 de novembro corrente, a CVJR, durante as audiências, percorreu o território nacional para escutar, seguir e partilhar a relação dos fatos de abusos e de violações dos direitos humanos cometidos por razões políticas no Togo entre 1958 e 2005, segundo o monselhor.
Esta fase importante das atividades da Comissão, acrescentou Barrigah-Benissan, permitiu à Comissão selecionar e tratar 508 dossiés apresentados durante 424 audiências públicas, das quais 28 à porta fechada, 51 em privado e cinco em visioconferência, sobre mais de 20 mil 011 depoimentos recolhidos.
A CVJR, devido à complexidade da sua tarefa, pediu ainda uma prorrogação de três meses para acabar o relatório sobre as propostas de programa de reparação dos prejuízos causados às vítimas, anunciou o seu presidente.
Criada a 25 de maio de 2009 e implementada a 29 de maio do mesmo ano, a CVJR tem por mandato investigar sobre as violências políticas que mancharam a vida sociopolítica do Togo de 1958 a 2005 e "propor medidas suscetíveis de favorecer o pardão e a reconciliação nacional".
A sua criação foi sobretudo motivada, indica-se, pelas violências políticas de 2005, na sequência da eleição controversa de Faure Gnassingbé para substituir à frente do país o seu pai Eyadéma Gnassingbé, falecido em fevereiro de 2005, e que fizeram pelo menos 500 mortos e milhares de feridos, segundo um inquérito da Organização das Nações Unidas (ONU).
-0- PANA FAA/TBM/IBA/CJB/DD 26nov2011