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Diversificação de economia angolana exige fundos para investigação agronómica, diz FAO

Luanda, Angola (PANA) - O processo de diversificação da economia de Angola, baseada na agricultura, implica necessariamente a mobilização de recursos financeiros dedicados à investigação e aos serviços de extensão rural, declarou quarta-feira em Luanda o representante da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) em Angola, Mamoudou Diallo.

Durante um workshop sobre "Estudos de modelagem do sistema de extensão, ligação e investigação", África só poderá garantir a sua segurança alimentar e nutricional, acabar com a fome e a pobreza, se os países membros deste continente consagrarem investimentos direcionados e focalizados no setor agrícola.

Segundo Mamoudou Diallo, a erradicação da pobreza, da fome, da segurança alimentar e nutricional, bem como a investigação e extensão rural são, igualmente, fundamentais para o desenvolvimento do continente.

"Nenhum país do mundo conseguiu garantir a sua segurança alimentar e nutricional sem investir na investigação agronómica articulada com a extensão rural, adaptada a cada país", sublinhou o representante da FAO em Angola.

Ressaltou que os progressos alcançados por Angola nos últimos anos, em termos de aceleração da diversificação da sua economia, constituem, para parceiros, uma motivação para continuarem a acompanhá-la na concretização das políticas agrícolas do país.

Por sua vez, o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Angola, João Tabajara, afirmou que o potencial agrário dos dois países deve ser mais explorado, através dos institutos de pesquisa, para desenvolverem mais projetos com vista a garantirem a segurança alimentar.

A FAO é uma agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU) vocacionada para o combate à fome e à pobreza, por meio da melhoria da segurança alimentar e do desenvolvimento agrícola.

-0- PANA DD/DD 12maio2016