Agência Panafricana de Notícias

Distúrbios no Egito reduzem exportações do chá queniano

Nairobi, Quénia (PANA) – As exportações mensais do chá queniano para 33 países registaram uma diminuição, passando de 37 milhões 500 mil quilogramas em fevereiro de 2010 para 32 milhões 200 mil quilogramas no mesmo período este ano, essencialmente devido a distúrbios políticos no Egito, cujo consumo de chá produzido por este país este-africano reduziu-se para metade, indicaram responsáveis deste setor.

O diretor do Gabinete de Comercialização de Chá, Sicily Kariuki, explica num comunicado que este fraco volume de exportação é largamente imputado à diminuição das exportações para o Egito durante as duas primeiras semanas do mês devido à instalabilidade política neste país.

No entanto, as importações de chá pelo Egito voltaram a normalizar-se.

Os distúrbios políticos no Egito duraram um mês, perturbando os intercâmbios comerciais e as transações económicas entre janeiro e fevereiro últimos.

As exportações de chá queniano para o Egito diminuíram de nove milhões para cinco milhões 700 mil quilogramas.

A produção de chá diminuiu 23 porcento, ou seja oito milhões 100 mil quilogramas, devido ao calor persistente e a condições climáticas secas registadas nas zonas produtoras de chá em fevereiro de 2011.

A seca afetou a produção em todas as localidades produtoras de chá provocando uma diminuição do abastecimento das fábricas em folhas verdes.

Além do impacto da seca, o abastecimento de folhas verdes no oeste do Vale de Rift foi igualmente afetado pela geada em várias localidades, devido às temperaturas extremas registadas durante o mês.

Os cultivadores de chá queniano produziram 26 milhões 700 mil quilogramas de chá em fevereiro de 2011 contra 34 milhões 800 mil quilogramas em fevereiro de 2010.

O Paquistão é o primeiro destino do chá queniano, pois este país importou sete milhões 100 mil quilogramas, ou seja 24 porcento das exportações totais.

O Reino Unido importou cinco milhões de quilogramas contra respetivamente dois milhões 700 mil quilogramas e dois milhões 100 mil quilogramas para o Afeganistão e os Emirados Árabes Unidos (EAU).

Os cinco primeiros clientes do mercado representam 71 porcento do volume total exportado contra 29 porcento para o resto.

-0- PANA AO/VAO/NFB/JSG/FK/IZ 23março2011