PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Dissolução do Governo e CEI em destaque na imprensa em Abidjan
Abidjan- Côte d'Ivoire (PANA)-- A nova página que se abre sobre a Côte d'Ivoire com a dissolução pelo Presidente ivoiriense, Laurent Gbagbo, da Comissão Eleitoral Independente (CEI) e do Governo domina a actualidade este sábado na imprensa ivoiriense, constatou a PANA no local.
Para o Fraternité Matin, diário pró-governamental, Laurent Gbagbo "acabou por tocar o fim do recreio".
"O taça estava cheia.
Um mês de desconfiança e de fanfarronices, um mês de desafio lançado à autoridade do Estado começava a instalar, insidiosamente, o poder na rua com estes grupos de jovens mobilizados para serem escudos humanos", pode ler-se neste jornal.
"Robert Beugré Mambé (presidente da CEI) e os seus apoiantes na crise no seio da Comissão Eleitoral Independente exasperaram o chefe do Estado", escreve nomeadamente Fraternité Matin para justificar a decisão de Laurent Gbagbo.
Este jornal sustenta que a dissolução do Governo e da CEI "não é nada o fracasso do acordo de Ouagadougou, mas "um outro fracasso do acordo de Linas Marcoussis" que quiz que o Governo fosse integrado por ministros de tendências políticas diferentes".
O Nouvel Réveil, diário próximo do Partido Democrático da Côte d'Ivoire (PDCI, oposição), que não partilha o mesmo ponto de vista, estima que, ao dissolver o Governo e a CEI, "Gbagbo rasga Ouaga".
O jornal interroga-se sobre o objectivo de Gbagbo e sobre o futuro de Guillaume (primeiro-ministro ivoiriense) ou ainda, bem como sobre o quadro político se está agora.
Após uma primeira análise da situação, o Nouveau réveil convenceu-se de que "Gbagbo põe fim à mediação de (Blaise) Compaoré (chefe do Estado burkinabe".
"O Presidente Gbagbo so queria humiliar o seu homólogo Blaise Compaoré e não tinha outra maneira de proceder, e apesar da forma que quiz dar à sua declaração sobre o assunto relativo ao acordo político de Ouagadougou, este acordo morreu mesmo e o facilitador Blaise foi posto de lado", escreve o jornal do PDCI.
Para Nord Sud Quotidien, com a crise dos 429 mil alistados, "Mambé arruina o Governo".
"Robert Mambé não caiu sozinho.
Ao cair, arrastou a totalidade do Governo saido do acordo político de Ouagadougou", precisa o Nord Sud Quotidien.
O jornal independente L'Expression vê na dissolução do Governo e da CEI "um golpe de Estado contra a democracia" e acha semelhanças entre o Presidente Gbagbo e o seu homólogo Mamadou Tandja do Níger.
"As manobras de força do Presidente nigerino para se manter no poder criou adversários nas margens da lagoa Ebrié.
O Presidente Laurent Gbagbo utiliza a mesma terapia empregue pelo seu homólogo do Níger que suprimiu todas as instituições que tentavam impedí-lo de se manter no poder", escreve o jornal.
De facto, o processo de saída de crise que começava a sua última fase antes das eleições através da gestão do contencioso eleitoral, foi posto em causa, após a dissolução sexta-feira à noite do Governo e da Comissão Eleitoral Independente (CEI) pelo chefe do Estado, Laurent Gbagbo.
Para o Fraternité Matin, diário pró-governamental, Laurent Gbagbo "acabou por tocar o fim do recreio".
"O taça estava cheia.
Um mês de desconfiança e de fanfarronices, um mês de desafio lançado à autoridade do Estado começava a instalar, insidiosamente, o poder na rua com estes grupos de jovens mobilizados para serem escudos humanos", pode ler-se neste jornal.
"Robert Beugré Mambé (presidente da CEI) e os seus apoiantes na crise no seio da Comissão Eleitoral Independente exasperaram o chefe do Estado", escreve nomeadamente Fraternité Matin para justificar a decisão de Laurent Gbagbo.
Este jornal sustenta que a dissolução do Governo e da CEI "não é nada o fracasso do acordo de Ouagadougou, mas "um outro fracasso do acordo de Linas Marcoussis" que quiz que o Governo fosse integrado por ministros de tendências políticas diferentes".
O Nouvel Réveil, diário próximo do Partido Democrático da Côte d'Ivoire (PDCI, oposição), que não partilha o mesmo ponto de vista, estima que, ao dissolver o Governo e a CEI, "Gbagbo rasga Ouaga".
O jornal interroga-se sobre o objectivo de Gbagbo e sobre o futuro de Guillaume (primeiro-ministro ivoiriense) ou ainda, bem como sobre o quadro político se está agora.
Após uma primeira análise da situação, o Nouveau réveil convenceu-se de que "Gbagbo põe fim à mediação de (Blaise) Compaoré (chefe do Estado burkinabe".
"O Presidente Gbagbo so queria humiliar o seu homólogo Blaise Compaoré e não tinha outra maneira de proceder, e apesar da forma que quiz dar à sua declaração sobre o assunto relativo ao acordo político de Ouagadougou, este acordo morreu mesmo e o facilitador Blaise foi posto de lado", escreve o jornal do PDCI.
Para Nord Sud Quotidien, com a crise dos 429 mil alistados, "Mambé arruina o Governo".
"Robert Mambé não caiu sozinho.
Ao cair, arrastou a totalidade do Governo saido do acordo político de Ouagadougou", precisa o Nord Sud Quotidien.
O jornal independente L'Expression vê na dissolução do Governo e da CEI "um golpe de Estado contra a democracia" e acha semelhanças entre o Presidente Gbagbo e o seu homólogo Mamadou Tandja do Níger.
"As manobras de força do Presidente nigerino para se manter no poder criou adversários nas margens da lagoa Ebrié.
O Presidente Laurent Gbagbo utiliza a mesma terapia empregue pelo seu homólogo do Níger que suprimiu todas as instituições que tentavam impedí-lo de se manter no poder", escreve o jornal.
De facto, o processo de saída de crise que começava a sua última fase antes das eleições através da gestão do contencioso eleitoral, foi posto em causa, após a dissolução sexta-feira à noite do Governo e da Comissão Eleitoral Independente (CEI) pelo chefe do Estado, Laurent Gbagbo.