PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Dirigentes do mundo renovam engajamento contra fome
Nairobi- Quénia (PANA) -- Os dirigentes do mundo reunidos segunda- feira em Roma, na Itália, na Cimeira Mundial sobre Segurança Alimentar adoptaram por unanimidade uma declaração que promete um engajamento renovado para a erradicação da fome o mais breve possível, indicou a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).
Os países decidiram igualmente esforçar-se para inverter a tendência em baixa dos financiamentos nacionais e internacionais para a agricultua e promover novos investimentos neste sector.
Eles decidiram igualmente melhorar a governação das questões alimentares mundiais em parceria com os actores dos sectores público e privado e aumentar de maneira dinâmica os desafios colocados pelas mudanças climáticas à segurança alimentar.
Na sua mensagem na abertura da cimeira, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, qualificou a crise alimentar actual de "advertência para o futuro", acrescentando "não pode haver segurança alimentar sem segurança climática".
"Se o gelo do Himalaya se dissolver isto vai afectar os meios de existência e a sobrevivência de 300 milhões de pessoas na China e cerca de um bilião de pessoas em toda a Ásia", afirmou.
"Os pequenos exploradores de África, responsáveis pela maioria da produção agrícola do continente e cujo rendimento depende essencialmente da pluviometria, poderão ver as suas colheitas baixar de 50 por cento daqui a 2020.
Devemos proceder a mudanças radicais para nos alimentar e particularmente para proteger os mais pobres e os mais vulneráveis", declarou.
Ao considerar o advento de um bilião de pessoas afectadas pela fome no mundo como "a nossa realização trágica destes tempos modernos", o director-geral da FAO, o Senegalês Jacques Diouf, insistiu na necessidade de produzir alimentos onde os mais pobres vivem e relançar o investimento agrícola nestas regiões.
"Nalguns países desenvolvidos, dois a quatro por cento da população é capaz de produzir alimento suficiente para todo o país e mesmo exportar, enquanto na maioria dos países em desenvolvimento 60 a 80 por cento da população não podem satisfazer as necessidades alimentares nacionais", explicou Diouf.
"O planeta pode alimentar-se, contanto que os engajamentos assumidos sejam honrados e que os recursos necessários sejam mobilizados", indicou, apelando para um aumento da ajuda pública ao desenvolvimento, à consagração duma parte mais importante dos orçamentos dos países em desenvolvimento à agricultura e a medidas de estímulo do investimento privado.
"Eliminar a fome da superfície da Terra necessita que 44 biliões de dólares de ajuda pública ao desenvlvimento por ano sejam investidos nas infraestruturas, na tecnologia e em inputs agrícolas modernos.
É uma pequena soma quando se considera os 365 biliões de apoio à produção agrícola nos países da OCDE em 2007 e se se condiserar os mil e 340 biliões de despesas militares no mundo no mesmo ano", sublinhou o director-geral da FAO.
Os países decidiram igualmente esforçar-se para inverter a tendência em baixa dos financiamentos nacionais e internacionais para a agricultua e promover novos investimentos neste sector.
Eles decidiram igualmente melhorar a governação das questões alimentares mundiais em parceria com os actores dos sectores público e privado e aumentar de maneira dinâmica os desafios colocados pelas mudanças climáticas à segurança alimentar.
Na sua mensagem na abertura da cimeira, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, qualificou a crise alimentar actual de "advertência para o futuro", acrescentando "não pode haver segurança alimentar sem segurança climática".
"Se o gelo do Himalaya se dissolver isto vai afectar os meios de existência e a sobrevivência de 300 milhões de pessoas na China e cerca de um bilião de pessoas em toda a Ásia", afirmou.
"Os pequenos exploradores de África, responsáveis pela maioria da produção agrícola do continente e cujo rendimento depende essencialmente da pluviometria, poderão ver as suas colheitas baixar de 50 por cento daqui a 2020.
Devemos proceder a mudanças radicais para nos alimentar e particularmente para proteger os mais pobres e os mais vulneráveis", declarou.
Ao considerar o advento de um bilião de pessoas afectadas pela fome no mundo como "a nossa realização trágica destes tempos modernos", o director-geral da FAO, o Senegalês Jacques Diouf, insistiu na necessidade de produzir alimentos onde os mais pobres vivem e relançar o investimento agrícola nestas regiões.
"Nalguns países desenvolvidos, dois a quatro por cento da população é capaz de produzir alimento suficiente para todo o país e mesmo exportar, enquanto na maioria dos países em desenvolvimento 60 a 80 por cento da população não podem satisfazer as necessidades alimentares nacionais", explicou Diouf.
"O planeta pode alimentar-se, contanto que os engajamentos assumidos sejam honrados e que os recursos necessários sejam mobilizados", indicou, apelando para um aumento da ajuda pública ao desenvolvimento, à consagração duma parte mais importante dos orçamentos dos países em desenvolvimento à agricultura e a medidas de estímulo do investimento privado.
"Eliminar a fome da superfície da Terra necessita que 44 biliões de dólares de ajuda pública ao desenvlvimento por ano sejam investidos nas infraestruturas, na tecnologia e em inputs agrícolas modernos.
É uma pequena soma quando se considera os 365 biliões de apoio à produção agrícola nos países da OCDE em 2007 e se se condiserar os mil e 340 biliões de despesas militares no mundo no mesmo ano", sublinhou o director-geral da FAO.