Dirigentes de BRICS visam nova liderança mundial
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - Os líderes dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) reafirmaram o seu compromisso de fortalecer o bloco para garantir que exercem uma influência combinada nos assuntos internacionais.
A Cimeira dos BRICS, actualmente a decorrer em Sandton, tem como tema “BRICS em África: Colaborando para o Crescimento Inclusivo e a Prosperidade Partilhada na Quarta Revolução Industrial”.
A cimeira de três dias realiza-se num contexto de tensões crescentes após a invasão da Ucrânia pela Rússia e de uma competição feroz entre os Estados Unidos e a China sobre questões comerciais e de direitos humanos.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, que preside a cimeira, disse na terça-feira à noite que os Estados-membros devem reafirmar a sua posição de que o crescimento económico deve ser sustentado pela transparência e pela inclusão.
"Deve ser compatível com um sistema comercial multilateral que apoie uma agenda de desenvolvimento. Precisamos de uma reforma fundamental das instituições financeiras globais para que possam ser mais eficazes e capazes de responder aos desafios que as economias em desenvolvimento enfrentam", declarou.
Ramaphosa acrescentou que a cimeira deverá ser a maior da história do grupo e poderá ter impacto nas relações de África com outros países e na sua posição no mundo.
"Todos estes factores fazem de África a próxima fronteira de produtividade e crescimento. Os países BRICS têm a oportunidade de contribuir e participar na história de crescimento de África, o que pode ser alcançado através de uma maior cooperação em áreas como infra-estruturas, agricultura, indústria transformadora, novas energias e a economia digital”, disse-se.
O Presidente chinês, Xi Jinping, instou a África do Sul a juntar-se a ele no reforço da influência combinada dos dois países nos assuntos internacionais no Sul global. “Somos a favor de um progresso substancial no âmbito do G20 e de que a África do Sul desempenhe um papel mais importante”, disse ele.
Xi pressionou para que os países se juntassem ao grupo de cinco nações. Ramaphosa prometeu publicamente o seu apoio ao projecto durante um discurso televisivo à nação no domingo.
Mais de 20 países candidataram-se oficialmente para aderir ao grupo, incluindo Argentina, Arábia Saudita, Indonésia e Egito. A cimeira de três dias termina na quinta-feira
-0- PANA CU/MA/NFB/ JSG/MAR 23agosto2023