PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Diretor-geral da OIT convida autoridades egípcias a ouvir voz do povo
Addis Abeba, Etiópia (PANA) – O diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia, atribui as manifestações violentas no Egipto à restrição persistente pelo Governo dos direitos dos trabalhadores e à sua incapacidade de fornecer empregos decentes.
O responsável onusino considera que a rejeição de reconhecer aos trabalhadores o direito de criar sindicatos está entre as primeiras causas na origem das violentas manifestações neste país da África do Norte.
« A incapacidade de gerir eficazmente esta situação com todas as suas consequências em termos de probreza e de desigualdade de desenvolvimento, bem como os obstáculos ao exercício das liberdades fundamentais desencadearam esta manifestação histórica de reivindiações populares », sublinhou Somavia quinta-feira num comunicado.
Para o diretor-geral da OIT, há vários anos a organização denuncia a amplidão do défice de trabalho decente no Egipto e em outros países da região da África do Norte, onde o desemprego e o sub-emprego estão entre os mais importantes no mundo.
A mobilização nacional dos últimos dias engendrou a formação da Federação Egípcia dos Sindicatos Independentes, que reclama pela criação de empregos, por um salário mínimo, pela proteção social e pela liberdade de associação.
Somavia congratulou-se com este progresso no exercício dos direiots dos trabalhadores egípcios.
«As suas vozes devem doravante figurar entre as prioridades das que se escuta. Nesse sentido, a OIT está particularmente preocupada que ninguém sofra de discriminação ou de represálias de qualquer tipo por exercer os seus direitos fundamentais », acrescentou.
A organização convida as autoridades egípcias a velar por que qualquer ato deste tipo seja evitado e que toda a proteção necessária seja oferecida aos necessitados.
Em junho de 2010, uma conferência da OIT deplorou a falta de progresso do Governo egípcio sobre os pedidos de criação de sindicatos e exortou-o a tomar medidas concretas num futuro muito próximo para garantir que todos os trabalhadores possam constituir e aderir às organizações das suas escolhas sem interferência das autoridades.
"O mundo acompanhou com respeito os eventos destes últimos dias que refletem de maneira corajosa e massiva a vontade do povo egípcio », disse Somavia, adiantando que "estamos entristecidos pelas numerosas perdas em vidas humanas e este número não deve aumentar ».
Segundo o secretário-geral da OIT, no período difícil que nos espera será duma importância crucial que o Governo e todos os outros atores se comprometam a agir pacificamente para abrir uma nova era de justiça social.
O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, insistiu, por seu turno, que as autoridades egípcias devem « ouvir atentamente e sinceramente a vontade do povo » e « é da sua responsabilidade, antes de tudo, fornecer trabalho decente e boas oportunidades para manter uma vida decente ».
-0- PANA AO/VAO/NFB/TBM/SOC/MAR/TON 04fev2011
O responsável onusino considera que a rejeição de reconhecer aos trabalhadores o direito de criar sindicatos está entre as primeiras causas na origem das violentas manifestações neste país da África do Norte.
« A incapacidade de gerir eficazmente esta situação com todas as suas consequências em termos de probreza e de desigualdade de desenvolvimento, bem como os obstáculos ao exercício das liberdades fundamentais desencadearam esta manifestação histórica de reivindiações populares », sublinhou Somavia quinta-feira num comunicado.
Para o diretor-geral da OIT, há vários anos a organização denuncia a amplidão do défice de trabalho decente no Egipto e em outros países da região da África do Norte, onde o desemprego e o sub-emprego estão entre os mais importantes no mundo.
A mobilização nacional dos últimos dias engendrou a formação da Federação Egípcia dos Sindicatos Independentes, que reclama pela criação de empregos, por um salário mínimo, pela proteção social e pela liberdade de associação.
Somavia congratulou-se com este progresso no exercício dos direiots dos trabalhadores egípcios.
«As suas vozes devem doravante figurar entre as prioridades das que se escuta. Nesse sentido, a OIT está particularmente preocupada que ninguém sofra de discriminação ou de represálias de qualquer tipo por exercer os seus direitos fundamentais », acrescentou.
A organização convida as autoridades egípcias a velar por que qualquer ato deste tipo seja evitado e que toda a proteção necessária seja oferecida aos necessitados.
Em junho de 2010, uma conferência da OIT deplorou a falta de progresso do Governo egípcio sobre os pedidos de criação de sindicatos e exortou-o a tomar medidas concretas num futuro muito próximo para garantir que todos os trabalhadores possam constituir e aderir às organizações das suas escolhas sem interferência das autoridades.
"O mundo acompanhou com respeito os eventos destes últimos dias que refletem de maneira corajosa e massiva a vontade do povo egípcio », disse Somavia, adiantando que "estamos entristecidos pelas numerosas perdas em vidas humanas e este número não deve aumentar ».
Segundo o secretário-geral da OIT, no período difícil que nos espera será duma importância crucial que o Governo e todos os outros atores se comprometam a agir pacificamente para abrir uma nova era de justiça social.
O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-Moon, insistiu, por seu turno, que as autoridades egípcias devem « ouvir atentamente e sinceramente a vontade do povo » e « é da sua responsabilidade, antes de tudo, fornecer trabalho decente e boas oportunidades para manter uma vida decente ».
-0- PANA AO/VAO/NFB/TBM/SOC/MAR/TON 04fev2011