PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Diretor da OMS para África pede resposta urgente contra Ébola
Cotonou, Benin (PANA) - O director regional cessante da Organização Mundial da Saúde (OMS) para África, o Angolano Luís Gomes Sambo, pediu segunda-feira em Cotonou, no Benin, apoio e resposta urgente contra a epidemia de Ébola, que considerou uma ameaça à saúde pública a níveis regional e mundial, soube-se de fonte oficial.
Luís Sambo, em entrevista à Agência Angola Press (ANGOP) no quadro da 64ª Sessão do Comité Regional da OMS para África aberta segunda-feira na capital beninense, defendeu que os países afetados pela epidemia deverão intensificar a execução dos seus planos de combate à doença do vírus do Ébola, que causou até agora a morte de cerca de 5 mil pessoas, sobretudo em países da África Ocidental (Guiné Conakry, Libéria e Serra Leoa).
O médico angolano, que deve terminar o seu mandato de 10 anos na OMS para África em 2015, disse que os países afetados devem igualmente priorizar a deteção dos casos, a prevenção a nível comunitário, o tratamento das pessoas infectadas, o seguimento dos contactos e a realização de enterros seguros com o objetivo principal de travar a epidemia de Ébola tão cedo quanto possível.
No entanto, ele afirmou que os países não afetados pela febre hemorrágica de Ébola devem acelerar o processo de preparação de acordo com as directivas da OMS para que se defendam de forma adequada na eventualidade de epidemia.
Relativamente ao VIH/SIDA, Luís Sambo disse ser necessário um "combate sem tréguas", sublinhando que África alberga cerca de 70 porcento do total das pessoas infetadas pela pandemia.
"Cerca de 24 milhões de pessoas vivem com o VIH na África Subsariana e em 2013 tivemos uma estimativa de 2,2 milhões de novas infeções. A percentagem de pessoas infectadas com o VIH diminuiu 25% (de 7% em 2001 à cifra atual de 4,7 %)", asseverou.
"A percentagem de mulheres grávidas seropositivas com acesso a tratamento antirretroviral é de 63% comparada com 49% em 2009. A taxa de cobertura de tratamento antirretroviral a pacientes com SIDA aumentou de 10% em 2001 para 63% em 2012. Apesar destes progressos, o peso do VIH/SIDA em África ainda é muito elevado", sustentou.
O diretor regional da OMS para África declarou que, em termos de saúde da população no continente, a situação carateriza-se por um peso elevado de doenças transmissíveis tais como o VIH/SIDA, paludismo, tuberculose, doenças tropicais negligenciadas, epidemias recorrentes às quais se junta o aumento progressivo de doenças crónicas tais como a diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, cancro e perturbações mentais.
"O peso das doenças tem um impacto especial sobre os grupos mais vulneráveis das populações; por exemplo as mulheres grávidas e crianças são tributárias com elevadas taxas de mortalidade materna e infanto-juvenil", deplorou.
Ele disse haver "graves iniquidades no acesso a cuidados de saúde de qualidade e estas assimetrias fazem apelo a novas políticas e práticas que promovam a proteção social e evitem a exclusão das populações mais pobres", sublinhando que "a cobertura sanitária universal é o novo caminho escolhido conjuntamente pelos Ministros da Saúde africanos, a Comissão da União Africana e a OMS em direção o desenvolvimento sanitário sustentável".
Luís Sambo agradeceu o apoio concedido pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, pelo povo angolano e, de uma maneira geral, pelos Governos dos países africanos que tornaram exequível o seu programa de acção.
O diretor regional cessante da OMS para África manifestou igualmente o seu reconhecimento aos ministros da Saúde, aos parceiros do desenvolvimento, aos seus colegas da OMS e ao povo de África pelo apoio e pela colaboração durante o seu mandato de 10 anos.
-0- ANGOP/PANA TON 3nov2014
Luís Sambo, em entrevista à Agência Angola Press (ANGOP) no quadro da 64ª Sessão do Comité Regional da OMS para África aberta segunda-feira na capital beninense, defendeu que os países afetados pela epidemia deverão intensificar a execução dos seus planos de combate à doença do vírus do Ébola, que causou até agora a morte de cerca de 5 mil pessoas, sobretudo em países da África Ocidental (Guiné Conakry, Libéria e Serra Leoa).
O médico angolano, que deve terminar o seu mandato de 10 anos na OMS para África em 2015, disse que os países afetados devem igualmente priorizar a deteção dos casos, a prevenção a nível comunitário, o tratamento das pessoas infectadas, o seguimento dos contactos e a realização de enterros seguros com o objetivo principal de travar a epidemia de Ébola tão cedo quanto possível.
No entanto, ele afirmou que os países não afetados pela febre hemorrágica de Ébola devem acelerar o processo de preparação de acordo com as directivas da OMS para que se defendam de forma adequada na eventualidade de epidemia.
Relativamente ao VIH/SIDA, Luís Sambo disse ser necessário um "combate sem tréguas", sublinhando que África alberga cerca de 70 porcento do total das pessoas infetadas pela pandemia.
"Cerca de 24 milhões de pessoas vivem com o VIH na África Subsariana e em 2013 tivemos uma estimativa de 2,2 milhões de novas infeções. A percentagem de pessoas infectadas com o VIH diminuiu 25% (de 7% em 2001 à cifra atual de 4,7 %)", asseverou.
"A percentagem de mulheres grávidas seropositivas com acesso a tratamento antirretroviral é de 63% comparada com 49% em 2009. A taxa de cobertura de tratamento antirretroviral a pacientes com SIDA aumentou de 10% em 2001 para 63% em 2012. Apesar destes progressos, o peso do VIH/SIDA em África ainda é muito elevado", sustentou.
O diretor regional da OMS para África declarou que, em termos de saúde da população no continente, a situação carateriza-se por um peso elevado de doenças transmissíveis tais como o VIH/SIDA, paludismo, tuberculose, doenças tropicais negligenciadas, epidemias recorrentes às quais se junta o aumento progressivo de doenças crónicas tais como a diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, cancro e perturbações mentais.
"O peso das doenças tem um impacto especial sobre os grupos mais vulneráveis das populações; por exemplo as mulheres grávidas e crianças são tributárias com elevadas taxas de mortalidade materna e infanto-juvenil", deplorou.
Ele disse haver "graves iniquidades no acesso a cuidados de saúde de qualidade e estas assimetrias fazem apelo a novas políticas e práticas que promovam a proteção social e evitem a exclusão das populações mais pobres", sublinhando que "a cobertura sanitária universal é o novo caminho escolhido conjuntamente pelos Ministros da Saúde africanos, a Comissão da União Africana e a OMS em direção o desenvolvimento sanitário sustentável".
Luís Sambo agradeceu o apoio concedido pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, pelo povo angolano e, de uma maneira geral, pelos Governos dos países africanos que tornaram exequível o seu programa de acção.
O diretor regional cessante da OMS para África manifestou igualmente o seu reconhecimento aos ministros da Saúde, aos parceiros do desenvolvimento, aos seus colegas da OMS e ao povo de África pelo apoio e pela colaboração durante o seu mandato de 10 anos.
-0- ANGOP/PANA TON 3nov2014