PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Director do FMI insta África a resistir a choques económicos
Dar es-Salaam- Tanzânia (PANA) -- O director-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, convidou os países africanos a enfrentar o duplo desafio que se coloca ao continente para relançar um forte crescimento e reforçar a resistência aos choques económicos.
"Não é o momento de adormecer nos nossos loureiros", declarou num discurso pronunciado em Nairobi, a capital do Quénia.
Para ele, África continua muito vulnerável à deslocação económica de fontes muito diversas quer se tratando de flutuações dos preços das matérias-primas, das catástrofes naturais ou da instabilidade nos países vizinhos, quer dos riscos à forte dependência das transferências de dinheiro, da ajuda ou dos fluxos financeiros".
Sublinhando ao mesmo tempo que a crise económica assolou África por vias muito diferentes, ele declarou que em todo o continente aparecem agora sinais de vida com o relançamento do comércio, das receitas de exportação, dos créditos bancários e da actividade comercial.
Strauss-Kahn indicou que o FMI esperava um crescimento de cerca de quatro porcento em África em 2010.
"Resumidamente, penso que África está de regresso, embora as coisas dependam dum relançamento mundial que está nas suas premissas", acrescentou.
Ele sublinhou que as boas políticas instauradas por vários países africanos antes da crise económica mundial contribuíram para os preservar contra uma recessão mais severa.
O director-geral do FMI insistiu no facto de que não era necessário abandonar a complacência relativa às perspectivas económicas de África.
"É preciso em primeiro começar pelas políticas macroeconómicas.
Uma das grandes lições a aprender com esta crise é que os países que semearam no tempo da abundância puderam colher os frutos dos seus esforços em tempo de crise", declarou Strauss-Kahn.
"Os tampões políticos devem, por conseguinte, ser reconstruídos para se poder dispor de elementos de reacção cíclicos com uma política fiscal e de reservas.
As redes de segurança social devem ser reforçadas.
É a primeira linha de defesa contra os choques", prosseguiu o director-geral do FMI.
Strauss-Kahn chamou a atenção para o problema das mudanças climáticas, convidando a comunidade internacional a reunir os recursos necessários para ajudar os países em desenvolvimento, em particular os de fraco rendimento, a fazer face a este problema "que poderá revelar-se ser o choque dos choques".
Ele acrescentou que se nada for feito, África vai sofrer ainda mais da seca, das inundações, das penúrias alimentares e das doenças, o que vai provocar um aumento da instabilidade e dos conflitos.
Strauss-Kahn indicou que ainda que se critique legitimamente o FMI que a sua missão não é ocupar-se das mudanças climáticas, o nível dos recursos necessários "tem implicações macroeconómicas, designadamente um crescimento sustentável dos países em desenvolvimento que necessitam de investimentos a longo prazo e à grande escala para a sua adaptação às mudanças climáticas e à limitação do seu impacto.
Ele indicou que, neste quadro, o pessoal do FMI está a trabalhar na ideia dum "Fundo Verde" que tem a capacidade de reunir 100 biliões de dólares americanos por ano até 2020.
Strauss-Kahn sublinhou que se o FMI não tiver a intenção de gerir este fundo, iria oferecer algo que possa contribuir de maneira significativa ao debate mundial e ser submetido à comunidade internacional.
"É tempo de pôr novas ideias à mesa", declarou, reconhecendo que o lançamento dum tal programa necessitará dum eforço político maior e que as suas vantagens "serão enormes para África e o mundo".
Strauss-Kahn iniciou domingo uma digressão de cinco dias por África para discutir oportunidades e desafios que se colocam às economias do continente depois da crise financeira mundial.
"Não é o momento de adormecer nos nossos loureiros", declarou num discurso pronunciado em Nairobi, a capital do Quénia.
Para ele, África continua muito vulnerável à deslocação económica de fontes muito diversas quer se tratando de flutuações dos preços das matérias-primas, das catástrofes naturais ou da instabilidade nos países vizinhos, quer dos riscos à forte dependência das transferências de dinheiro, da ajuda ou dos fluxos financeiros".
Sublinhando ao mesmo tempo que a crise económica assolou África por vias muito diferentes, ele declarou que em todo o continente aparecem agora sinais de vida com o relançamento do comércio, das receitas de exportação, dos créditos bancários e da actividade comercial.
Strauss-Kahn indicou que o FMI esperava um crescimento de cerca de quatro porcento em África em 2010.
"Resumidamente, penso que África está de regresso, embora as coisas dependam dum relançamento mundial que está nas suas premissas", acrescentou.
Ele sublinhou que as boas políticas instauradas por vários países africanos antes da crise económica mundial contribuíram para os preservar contra uma recessão mais severa.
O director-geral do FMI insistiu no facto de que não era necessário abandonar a complacência relativa às perspectivas económicas de África.
"É preciso em primeiro começar pelas políticas macroeconómicas.
Uma das grandes lições a aprender com esta crise é que os países que semearam no tempo da abundância puderam colher os frutos dos seus esforços em tempo de crise", declarou Strauss-Kahn.
"Os tampões políticos devem, por conseguinte, ser reconstruídos para se poder dispor de elementos de reacção cíclicos com uma política fiscal e de reservas.
As redes de segurança social devem ser reforçadas.
É a primeira linha de defesa contra os choques", prosseguiu o director-geral do FMI.
Strauss-Kahn chamou a atenção para o problema das mudanças climáticas, convidando a comunidade internacional a reunir os recursos necessários para ajudar os países em desenvolvimento, em particular os de fraco rendimento, a fazer face a este problema "que poderá revelar-se ser o choque dos choques".
Ele acrescentou que se nada for feito, África vai sofrer ainda mais da seca, das inundações, das penúrias alimentares e das doenças, o que vai provocar um aumento da instabilidade e dos conflitos.
Strauss-Kahn indicou que ainda que se critique legitimamente o FMI que a sua missão não é ocupar-se das mudanças climáticas, o nível dos recursos necessários "tem implicações macroeconómicas, designadamente um crescimento sustentável dos países em desenvolvimento que necessitam de investimentos a longo prazo e à grande escala para a sua adaptação às mudanças climáticas e à limitação do seu impacto.
Ele indicou que, neste quadro, o pessoal do FMI está a trabalhar na ideia dum "Fundo Verde" que tem a capacidade de reunir 100 biliões de dólares americanos por ano até 2020.
Strauss-Kahn sublinhou que se o FMI não tiver a intenção de gerir este fundo, iria oferecer algo que possa contribuir de maneira significativa ao debate mundial e ser submetido à comunidade internacional.
"É tempo de pôr novas ideias à mesa", declarou, reconhecendo que o lançamento dum tal programa necessitará dum eforço político maior e que as suas vantagens "serão enormes para África e o mundo".
Strauss-Kahn iniciou domingo uma digressão de cinco dias por África para discutir oportunidades e desafios que se colocam às economias do continente depois da crise financeira mundial.