Diplomatas egípcios descontentes com atitude de Israel

Cairo- Egipto (PANA) -- Os diplomatas egípcios estão cada vez mais frustrados pela forma como Israel aprecia as tentativas do Egipto de estabelecer uma longa trégua entre o movimento islamita palestino Hamas em Gaza (Palestina) e o Governo israelita, revelaram responsáveis do Governo egípcio.
Israel exigiu que o caso Gilad Schalit, um soldado capturado durante um assalto efectuado em 2006, que motivou a acção militar israelita na altura, fosse integrado em qualquer trégua com o partido islamita em Gaza.
Esta exigência é considerada como um contratempo maior pelos negociadores egípcios que desempenham o papel de medianeiro no conflito entre as duas partes.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hossam Zaki, estimou que o facto de condicionar a libertação do soldado Schalit à trégua "vai bloquear toda possibilidade de cessar-fogo".
Por sua vez, os Palestinos exigiram a abertura dos pontos de passagem por Israel para este território palestino oprimido.
Israel recusou-se a fazê-lo, sustentando que as fronteiras devem permanecer fechadas enquanto o soldado em causa não for libertado.
O Hamas condenou o facto de Israel condicional a libertação de Schalit ao acordo de paz ou à reabertura das fronteiras que permanecem fechadas desde que o Hamas tomou o controlo da Faixa de Gaza em Junho de 2006 na sequência de uma batalha de rua contra o seu rival palestino, o Fatah.
Os esforços de reconstrução depois dos 22 dias da ofensiva israelita contra Gaza em Dezembro último foram estorvados pelo fecho das fronteiras.