PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Diplomata angolano denuncia incompreensão entre Kinshasa e Luanda
Kinshasa- RD Congo (PANA) -- O novo embaixador de Angola na RD Congo, Emílio José de Carvalho, denunciou, terça-feira, uma certa "incompreensão" nas relações entre os dois países que conheceram nos últimos tempos expulsões mútuas de cidadãos nacionais dos seus territórios.
Durante uma conferência de imprensa organizada em Kinshasa, o diplomata angolano lembrou que Angola e a RD Congo partilham uma fronteira comum de dois mil 511 quilómetros, antes de sublinhar que a entreajuda entre os dois países data da Conferência de Berlim de 1885, quando as potências ocidentais decidiram partilhar África.
Por isso, qualificou de "normal" a ajuda dos Congoleses aos Angolanos durante a sua luta de libertação nacional, acrescentando que é na mesma preocupação de ajuda mútua que Angola decidiu, em Agosto de 1998, intervir na RD Congo então sob a ameaça duma implosão e o risco de ser invadida.
"Recentemente, alguns líderes de opinião entenderam aproveitar-se de algumas incompreensões surgidas nas relações entre os dois países para descarregar sobre Angola as suas frustrações, insultos e mesmo declarações de guerra", deplorou de Carvalho.
Para ele, a questão da expulsão de estrangeiros depende da soberania dos países e da necessidade de manter a legalidade nos seus territórios.
Ele lembrou que o seu país tem as suas próprias leis, mas agiu sempre em conformidade com os princípios e normas do Direito internacional, acrescentando que nenhum país verdadeiramente organizado tolera que seja quem for, e independemente das suas origens, entre e se instale ilegalmente no seu território.
Sobre as violações dos direitos humanos e o confisco dos bens dos Congoleses de que Angola foi acusada, o embaixador angolano na RD Congo precisou que, nas expulsões iniciadas em 2007 pela Polícia angolana, esta corporação confrontou-se com a resistência de alguns imigrantes ilegais que detinham armas de fogo.
"É neste contexto que se registaram actos de brutalidade contra os irregulares que operam ilegalmente nas zonas mineiras e que opuseram resistência", precisou, realçando que "a exploração ilegal dos diamantes está proibida pela lei angolana".
A este propósito, Emílio de Carvalho ilustrou que, durante as últimas expulsões em Angola, centenas de pedras de diamantes, milhares de dólares americanos, electrobombas, compressores, geradores e outros equipamentos foram apreendidos junto dos imigrantes ilegais.
"O desejo de Angola é que a RD Congo reencontre a paz e inicie a via da reconstrução nacional para a felicidade de vários milhões de Congoleses, única garantia da grandeza dum povo.
O resto é apenas distracção.
Pois, nós estamos convencidos de que enquanto a RDC estiver em paz e estável, Angola não terá preocupação.
O resto é apenas distracção", insistiu.
A propósito das "alegadas" violações das fronteiras da RD Congo por Angola, o diplomata angolano explicou que esta questão foi abordada pelos dois Governos, incluindo o caso Kahemba que foi objecto dum encontro das partes, em Bruxelas (Bélgica), na presença das antigas potências coloniais (Bélgica e Portugal).
Sobre a problemática da plataforma continental e a das fronteiras, ele indicou que os dois países decidiram, em Outubro último em Kinshasa, que estas questões sejam abordadas durante a reunião da Comissão Mista Bilateral, prevista para a segunda quinzena de Novembro de 2009, em Luanda.
A uma questão sobre as divergências em torno da exploração petrolífera, o diplomata angolano lembrou que o primeiro-ministro congolês, Adolphe Muzito, decidiu, durante a sua última viagem a Luanda, debater este problema com o seu homólogo angolano durante a próxima Comissão Mista entre os dois países.
Por isso, manifestou estranheza que "as pessoas amplifiquem esta questão quando os dois Governos estão a discutir sobre o mesmo assunto".
Quanto à ausência do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, das cimeiras da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade Económica dos Estados da África Central realizadas recentemente em Kinshasa, o chefe da missão diplomática angolana afirmou que o seu país participou nestes encontros.
Durante uma conferência de imprensa organizada em Kinshasa, o diplomata angolano lembrou que Angola e a RD Congo partilham uma fronteira comum de dois mil 511 quilómetros, antes de sublinhar que a entreajuda entre os dois países data da Conferência de Berlim de 1885, quando as potências ocidentais decidiram partilhar África.
Por isso, qualificou de "normal" a ajuda dos Congoleses aos Angolanos durante a sua luta de libertação nacional, acrescentando que é na mesma preocupação de ajuda mútua que Angola decidiu, em Agosto de 1998, intervir na RD Congo então sob a ameaça duma implosão e o risco de ser invadida.
"Recentemente, alguns líderes de opinião entenderam aproveitar-se de algumas incompreensões surgidas nas relações entre os dois países para descarregar sobre Angola as suas frustrações, insultos e mesmo declarações de guerra", deplorou de Carvalho.
Para ele, a questão da expulsão de estrangeiros depende da soberania dos países e da necessidade de manter a legalidade nos seus territórios.
Ele lembrou que o seu país tem as suas próprias leis, mas agiu sempre em conformidade com os princípios e normas do Direito internacional, acrescentando que nenhum país verdadeiramente organizado tolera que seja quem for, e independemente das suas origens, entre e se instale ilegalmente no seu território.
Sobre as violações dos direitos humanos e o confisco dos bens dos Congoleses de que Angola foi acusada, o embaixador angolano na RD Congo precisou que, nas expulsões iniciadas em 2007 pela Polícia angolana, esta corporação confrontou-se com a resistência de alguns imigrantes ilegais que detinham armas de fogo.
"É neste contexto que se registaram actos de brutalidade contra os irregulares que operam ilegalmente nas zonas mineiras e que opuseram resistência", precisou, realçando que "a exploração ilegal dos diamantes está proibida pela lei angolana".
A este propósito, Emílio de Carvalho ilustrou que, durante as últimas expulsões em Angola, centenas de pedras de diamantes, milhares de dólares americanos, electrobombas, compressores, geradores e outros equipamentos foram apreendidos junto dos imigrantes ilegais.
"O desejo de Angola é que a RD Congo reencontre a paz e inicie a via da reconstrução nacional para a felicidade de vários milhões de Congoleses, única garantia da grandeza dum povo.
O resto é apenas distracção.
Pois, nós estamos convencidos de que enquanto a RDC estiver em paz e estável, Angola não terá preocupação.
O resto é apenas distracção", insistiu.
A propósito das "alegadas" violações das fronteiras da RD Congo por Angola, o diplomata angolano explicou que esta questão foi abordada pelos dois Governos, incluindo o caso Kahemba que foi objecto dum encontro das partes, em Bruxelas (Bélgica), na presença das antigas potências coloniais (Bélgica e Portugal).
Sobre a problemática da plataforma continental e a das fronteiras, ele indicou que os dois países decidiram, em Outubro último em Kinshasa, que estas questões sejam abordadas durante a reunião da Comissão Mista Bilateral, prevista para a segunda quinzena de Novembro de 2009, em Luanda.
A uma questão sobre as divergências em torno da exploração petrolífera, o diplomata angolano lembrou que o primeiro-ministro congolês, Adolphe Muzito, decidiu, durante a sua última viagem a Luanda, debater este problema com o seu homólogo angolano durante a próxima Comissão Mista entre os dois países.
Por isso, manifestou estranheza que "as pessoas amplifiquem esta questão quando os dois Governos estão a discutir sobre o mesmo assunto".
Quanto à ausência do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, das cimeiras da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da Comunidade Económica dos Estados da África Central realizadas recentemente em Kinshasa, o chefe da missão diplomática angolana afirmou que o seu país participou nestes encontros.