Lomé, Togo (PANA) – A Alta Autoridade do Audiovisual e Comunicação (HAAC) suspendeu por 15 dias, a partir de 25 de março, o diário privado Liberté, depois de um artigo que faz "acusações graves" contra o embaixador de França no Togo, indica um comunicado da instituição reguladora da imprensa no Togo.
A HAAC que toma esta decisão depois de uma queixa do embaixador de França, Marc Vizy, convocou o diretor do jornal para comparecer, a 16 de março último, diante dos seus membros.
Segundo a instituição de regulação da imprensa, o diretor do jornal, Médard Amétépé, foi "muito indelicado" durante a audição, não ofereceu provas da veracidade das declarações contidas no artigo incriminado e o fundamento das alegações.
O jornal é acusado de "violação das regras de deontologia, do código da imprensa e da comunicação", bem como da lei orgânica da HAAC divulgando um artigo que comporta “acusações graves, infundadas e difamatórias contra o embaixador de França no Togo e o seu país”.
O artigo incriminado é intitulado "Diplomacia: Marc Vizy, o outro inimigo da democracia no Togo".
O jornal recebeu, em maio de 2019, uma advertência por falta à regras profissionais.
Muito virulento no seu tom, o Liberté é dos diários que criticam severamente o poder instituído, em Lomé.
-0- PANA FAA/IS/MAR/IZ 25março2020