Agência Panafricana de Notícias

Desemprego desce 0,5 por cento em Cabo Verde

Praia- Cabo Verde (PANA) -- A taxa de desemprego em Cabo Verde foi de 17,8 por cento no ano passado o que representou uma redução de 0,5 por cento em relação a 2006, apurou a PANA quarta-feira de fonte oficial.
De acordo com o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), a população activa cabo-verdiana é de 198 mil e 855 pessoas das quais 163 mil empregadas e 35 mil desempregadas, do que resulta uma taxa líquida de actividade de 66 por cento em 2008.
Com base num inquérito a quatro mil e 98 agregados familiares feito em Outubro do ano passado, em parceria com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em cinco das ilhas do arquipélago, o IEFP apurou que, entre 2006 e 2008, foram criados 22 mil e 645 postos de trabalho, contra os oito mil e 944 que desapareceram.
A taxa de desemprego, por faixa etária, continua a ser mais elevada entre os jovens, enquanto que, por ramo de actividade, a agricultura e as pescas foram responsáveis pela criação de 38 por cento dos mais de 22 mil novos postos de trabalho.
A criação de empregos por profissão mostra que ela se situou sobretudo ao nível dos trabalhadores não qualificados, revelando uma vez mais a precariedade do emprego criado, segundo o relatório do IEFP.
O inquérito mostrou também que, comparando com 2006, todos os indicadores sociais melhoraram, havendo cada vez mais pessoas com casa própria (74,2 por cento) e que 54 por cento das famílias têm casa de banho.
As famílias com água canalizada passaram de 37,3 por cento em 2006 para 42,9 por cento em 2008, aumentando também o acesso à electricidade de 60 para 67 por cento dos agregados.
Contudo, o inquérito veio demonstrar também que, nos últimos dois anos, o trabalho infantil em Cabo Verde duplicou, passando de oito mil e 179 para 16 mil e 328 casos.
Segundo a coordenadora técnica do inquérito, Nádia Firmino, desse grupo de indivíduos entre os seis e os 17 anos de idade (em Cabo Verde aos 16 anos já se pode trabalhar legalmente), cerca de 80 por cento ocorrem no meio rural, sendo os trabalhos maioritariamente realizados por rapazes (57 por cento) e na agricultura (71,4 por cento).