PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Deputados santomenses preocupados com ameaça de instabilidade política
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Os deputados santomenses exortaram quinta-feira o Governo do arquipélago a reforçar o sistema nacional de segurança interna face ao que consideraram de "ameaças de instabilidades constantes no país".
Os parlamentares do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) que votaram, em novembro passado, a moção de censura com apoio dos seus colegas do Partido de Convergência Democrática (PCD) e do Movimento Democrático Força da Mudança - Partido Liberal (MDFM-PL), contra o Governo da Ação Democrática Independente (ADI), declararam-se receosos com as movimentações desta última força política.
Eles acusam o anterior Governo do primeiro-ministro Patrice Trovoada de ter investido apenas em alguns segmentos das forças armadas "em detrimento de outros, geradores de conflitos".
Por isso, sublinharam, "não podemos deixar de manifestar a nossa preocupação sobre aquilo que marcou o consulado de Patrice Trovoada, tendo presente os riscos e tensões latentes".
Mas o Executivo tranquilizou os parlamentares durante a aprovação do seu programa nacional que "não haverá assalto ao poder nem caos em São Tomé e Príncipe".
Questionado no hemiciclo sobre a capacidade de resposta das forças de segurança a uma eventual anomalia nas águas territoriais santomenses, o ministro da Defesa e Ordem Interna, tenente-coronel Óscar Sousa, ressalvou que o país dispõe de muito poucos dados sobre as informações que são recolhidas pelo sistema de radar montado pelos Americanos.
“Grande parte das informações são monitorizadas por eles e fica lá”, disse Óscar de Sousa, que preferiu não entrar em detalhes sobre a questão de defesa nacional, reconhecendo porém que se torna necessário "fazer um forte investimento no setor".
Por seu turno, uma deputada da bancada parlamentar do MLSTP-PSD e antiga ministra da Defesa e Ordem Interna (2008-2010) convidou o Governo “a desenvolver muito rapidamente uma componente dedicada à informação inteligente e estratégica que possa confortar o poder político e permitir a projeção atempada de ações que visem estancar surgimento de conflitos de qualquer natureza”.
“É preciso estabelecer uma rede de informação estratégica com as demais instituições, devendo neste âmbito ter-se em conta as parcerias com os serviços de informação regional e sub-regional na esfera diplomática militar”, defendeu.
Também para o deputado Rafael Branco, da bancada dos sociais-democratas, o Governo deve estabelecer parcerias com Portugal e com os países da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEMAC), em matéria de segurança, recordando que grande parte da riqueza do país se encontra no mar.
Depois da queda do Governo de Patrice Trovoada, todo o sistema de segurança está em alerta em São Tomé e Príncipe, tendo a Assembleia Nacional (AN, Parlamento) reforçado o seu dispositivo policial bem como das ruas conducentes ao palácio presidencial, que, a partir das 18:00 horas locais ficam fechada ao trânsito com militares fortemente armados.
O mesmo cenário verifica-se em torno do Palácio do Governo.
-0- PANA RMG/IZ 04jan2013
Os parlamentares do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP-PSD) que votaram, em novembro passado, a moção de censura com apoio dos seus colegas do Partido de Convergência Democrática (PCD) e do Movimento Democrático Força da Mudança - Partido Liberal (MDFM-PL), contra o Governo da Ação Democrática Independente (ADI), declararam-se receosos com as movimentações desta última força política.
Eles acusam o anterior Governo do primeiro-ministro Patrice Trovoada de ter investido apenas em alguns segmentos das forças armadas "em detrimento de outros, geradores de conflitos".
Por isso, sublinharam, "não podemos deixar de manifestar a nossa preocupação sobre aquilo que marcou o consulado de Patrice Trovoada, tendo presente os riscos e tensões latentes".
Mas o Executivo tranquilizou os parlamentares durante a aprovação do seu programa nacional que "não haverá assalto ao poder nem caos em São Tomé e Príncipe".
Questionado no hemiciclo sobre a capacidade de resposta das forças de segurança a uma eventual anomalia nas águas territoriais santomenses, o ministro da Defesa e Ordem Interna, tenente-coronel Óscar Sousa, ressalvou que o país dispõe de muito poucos dados sobre as informações que são recolhidas pelo sistema de radar montado pelos Americanos.
“Grande parte das informações são monitorizadas por eles e fica lá”, disse Óscar de Sousa, que preferiu não entrar em detalhes sobre a questão de defesa nacional, reconhecendo porém que se torna necessário "fazer um forte investimento no setor".
Por seu turno, uma deputada da bancada parlamentar do MLSTP-PSD e antiga ministra da Defesa e Ordem Interna (2008-2010) convidou o Governo “a desenvolver muito rapidamente uma componente dedicada à informação inteligente e estratégica que possa confortar o poder político e permitir a projeção atempada de ações que visem estancar surgimento de conflitos de qualquer natureza”.
“É preciso estabelecer uma rede de informação estratégica com as demais instituições, devendo neste âmbito ter-se em conta as parcerias com os serviços de informação regional e sub-regional na esfera diplomática militar”, defendeu.
Também para o deputado Rafael Branco, da bancada dos sociais-democratas, o Governo deve estabelecer parcerias com Portugal e com os países da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEMAC), em matéria de segurança, recordando que grande parte da riqueza do país se encontra no mar.
Depois da queda do Governo de Patrice Trovoada, todo o sistema de segurança está em alerta em São Tomé e Príncipe, tendo a Assembleia Nacional (AN, Parlamento) reforçado o seu dispositivo policial bem como das ruas conducentes ao palácio presidencial, que, a partir das 18:00 horas locais ficam fechada ao trânsito com militares fortemente armados.
O mesmo cenário verifica-se em torno do Palácio do Governo.
-0- PANA RMG/IZ 04jan2013