PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Deputados santomenses exigem ação judicial contra ex-primeiro-ministro
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - Os deputados da aliança que sustenta o atual Governo em São Tomé e Príncipe instaram este último a processar judicialmente os membros do anterior Executivo do primeiro-ministro Patrice Trovoada, face a denúncias de "gestão danosa" feitas recentemente no Parlamento, soube-se quinta-feira de fonte oficial.
“Nós estamos num Estado de Direito democrático. Temos instituições com responsabilidade. Existem coisas que foram ditas aqui (no Parlamento) e que não podem ficar por aqui. Elas têm que ser levadas até às ultimas consequências", disse José Viegas, deputado da bancada do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP/PSD).
O político assimilou a gestão de Patrice Trovoada à invasão ocorrida na Europa, no século XIII e que "destruiu até o património da humanidade".
Por seu turno, Pires Neto, único deputado da bancada do MDFM/PL (Movimento Democrático Força da Mudança - Partido Liberal) não se mostrou surpreso com as denúncias de má gestão imputada a Patrice Trovoada, qualificando-o de "homem muito perigoso".
“Pedimos a autorização do senhor primeiro-ministro para que todos os ministros que compõem o seu Executivo possam falar para desvendar mais segredos, isto não pode ficar por aqui”, advertiu o deputado.
Neto recordou que Patrice Trovoada se autoproclamava um defensor da boa governação, quando, ao mesmo tempo, opositores políticos seus eram amedrontados pelo então procurador-geral da República, Roberto Raposo, que anunciava a moldura penal de um determinado ato antes mesmo da formulação da queixa.
Por sua vez, o secretário-geral do PCD (Partido de Convergência Democrática), Delfim Neves, lamentou a ausência dos deputados da ADI (Ação Democrática independente, de Patrice Trovoada) facto que impossibilitou o exercício do contraditório (no Parlamento).
Perplexo com a atitude de Patrice Trovoada, que dizia ser amigo do “povo pequeno", Neves condenou-o pelas diligências por ele feitas "com vista a descredibilizar o Estado santomense junto das instituições internacionais".
“Este cidadão deve ser responsabilizado. Agora percebo a preocupação dos deputados da ADI de temerem a nomeação de Elsa Pinto para o cargo de procuradora-geral da República”, frisou
Alertou que os panfletos produzidos pelo gabinete de imprensa desta força política “explicam sem complicar” que ele previa alguns temas deste debate.
A seu ver, este comportamento não deve constituir motivo de recuo do atual Governo.
“Que o dinheiro seja mal gerido e que indicie algum crime, ou que precise de ser esclarecido, envie o caso ao setor competente”, defendeu Delfim Neves.
As declarações dos deputados seguiram-se a outras do primeiro–ministro, detalhando os gastos "desnecessários" feitos pelo anterior Governo em viagens pelo exterior do país, o desaparecimento de dinheiro dos cofres do Estado e acordos secretos, entre outros atos.
-0-PANA RMG/DD/IZ 15fev2013
“Nós estamos num Estado de Direito democrático. Temos instituições com responsabilidade. Existem coisas que foram ditas aqui (no Parlamento) e que não podem ficar por aqui. Elas têm que ser levadas até às ultimas consequências", disse José Viegas, deputado da bancada do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social Democrata (MLSTP/PSD).
O político assimilou a gestão de Patrice Trovoada à invasão ocorrida na Europa, no século XIII e que "destruiu até o património da humanidade".
Por seu turno, Pires Neto, único deputado da bancada do MDFM/PL (Movimento Democrático Força da Mudança - Partido Liberal) não se mostrou surpreso com as denúncias de má gestão imputada a Patrice Trovoada, qualificando-o de "homem muito perigoso".
“Pedimos a autorização do senhor primeiro-ministro para que todos os ministros que compõem o seu Executivo possam falar para desvendar mais segredos, isto não pode ficar por aqui”, advertiu o deputado.
Neto recordou que Patrice Trovoada se autoproclamava um defensor da boa governação, quando, ao mesmo tempo, opositores políticos seus eram amedrontados pelo então procurador-geral da República, Roberto Raposo, que anunciava a moldura penal de um determinado ato antes mesmo da formulação da queixa.
Por sua vez, o secretário-geral do PCD (Partido de Convergência Democrática), Delfim Neves, lamentou a ausência dos deputados da ADI (Ação Democrática independente, de Patrice Trovoada) facto que impossibilitou o exercício do contraditório (no Parlamento).
Perplexo com a atitude de Patrice Trovoada, que dizia ser amigo do “povo pequeno", Neves condenou-o pelas diligências por ele feitas "com vista a descredibilizar o Estado santomense junto das instituições internacionais".
“Este cidadão deve ser responsabilizado. Agora percebo a preocupação dos deputados da ADI de temerem a nomeação de Elsa Pinto para o cargo de procuradora-geral da República”, frisou
Alertou que os panfletos produzidos pelo gabinete de imprensa desta força política “explicam sem complicar” que ele previa alguns temas deste debate.
A seu ver, este comportamento não deve constituir motivo de recuo do atual Governo.
“Que o dinheiro seja mal gerido e que indicie algum crime, ou que precise de ser esclarecido, envie o caso ao setor competente”, defendeu Delfim Neves.
As declarações dos deputados seguiram-se a outras do primeiro–ministro, detalhando os gastos "desnecessários" feitos pelo anterior Governo em viagens pelo exterior do país, o desaparecimento de dinheiro dos cofres do Estado e acordos secretos, entre outros atos.
-0-PANA RMG/DD/IZ 15fev2013