PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Deputado municipal em prisão preventiva por suspeita de crimes em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - O Tribunal da Comarca da ilha cabo-verdiana da Boa Vista decretou prisão preventiva para o deputado municipal Hianique Santos, suspeito de envolvimento em vários crimes, incluindo casos de alegado roubo de arma de guerra na Esquadra da Polícia e assalto à uma agência bancária local, soube a PANA segunda-feira de fonte judiciária.
O suspeito é líder da bancada municipal do grupo independente BASTA, que suporta a Câmara Municipal da Boa Vista e liderado pelo atual presidente da Câmara Municipal local.
Segundo o Ministério Público, ele vai ficar na prisão a aguardar o desenrolar do processo, que continua em investigação e se encontra “em segredo de justiça”.
A detenção do deputado Hianique Santos, um advogado estagiário, ocorreu na sequência de diligências desencadeadas, na sexta-feira, 12, com a colaboração da Polícia Criminal.
“Em causa estão factos suscetíveis de indiciarem dois crimes de roubo (com violência sobre uma pessoa), um crime de furto qualificado de arma de fogo e um crime de disparo de arma de fogo”, refere uma nota de imprensa do Ministério Público.
Os factos em investigação, revela a mesma fonte, estão relacionados com o furto de arma de guerra na Esquadra da Polícia Nacional na Boa Vista e roubo numa agência do Banco de Negócios de Cabo Verde (BCN), em dezembro de 2017.
A detenção ocorreu na sequência de buscas domiciliárias promovidas pelo Ministério Público.
De acordo com a imprensa, este caso, envolvendo um eleito do grupo independente, dissidente do Movimento para a Democracia (MpD), partido que está no poder em Cabo Verde, continua a mobilizar a atenção dos munícipes.
Muitos curiosos acompanharam, nas proximidades do Tribunal da Comarca, os primeiros interrogatórios do deputado detido que foi também presidente da Comissão Eventual de Inquérito sobre o caso de venda de terrenos pela Câmara a um vereador do BASTA, dono de uma empresa imobiliária.
Com a prisão preventiva do suspeito, aguarda-se agora que o julgamento de Hianique Santos possa também vir ter também eventuais consequências políticas no Executivo camarário comandado por José Luís Santos, um antigo deputado nacional do MpD pela ilha da Boa Vista.
José Luís abandonou o MpD, em 2016, para se candidatar numa lista independente à liderança do município.
Na altura, o recém-eleito presidente da Câmara da ilha da Boa Vista foi considerado um dos vencedores das eleições autárquicas realizadas nesse ano em Cabo Verde.
José Luís Santos justificou a sua decisão de sair do MpD, depois de mais de 30 anos de militância, com o facto de as sondagens o indicarem como o candidato mais bem colocado para vencer o escrutínio.
No entanto, o MpD decidiu apostar novamente no anterior autarca, João Pinto Almeida, que tentava o quinto mandato.
José Luís Santos recebeu 57,5 porcento dos votos dos eleitores da ilha, à frente de Pinto Almeida, com 36,5 porcento, enquanto Henrique Cruz, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição no país, ficou-se pelos 10,3 porcento.
-0- PANA CS/IZ 15out2018
O suspeito é líder da bancada municipal do grupo independente BASTA, que suporta a Câmara Municipal da Boa Vista e liderado pelo atual presidente da Câmara Municipal local.
Segundo o Ministério Público, ele vai ficar na prisão a aguardar o desenrolar do processo, que continua em investigação e se encontra “em segredo de justiça”.
A detenção do deputado Hianique Santos, um advogado estagiário, ocorreu na sequência de diligências desencadeadas, na sexta-feira, 12, com a colaboração da Polícia Criminal.
“Em causa estão factos suscetíveis de indiciarem dois crimes de roubo (com violência sobre uma pessoa), um crime de furto qualificado de arma de fogo e um crime de disparo de arma de fogo”, refere uma nota de imprensa do Ministério Público.
Os factos em investigação, revela a mesma fonte, estão relacionados com o furto de arma de guerra na Esquadra da Polícia Nacional na Boa Vista e roubo numa agência do Banco de Negócios de Cabo Verde (BCN), em dezembro de 2017.
A detenção ocorreu na sequência de buscas domiciliárias promovidas pelo Ministério Público.
De acordo com a imprensa, este caso, envolvendo um eleito do grupo independente, dissidente do Movimento para a Democracia (MpD), partido que está no poder em Cabo Verde, continua a mobilizar a atenção dos munícipes.
Muitos curiosos acompanharam, nas proximidades do Tribunal da Comarca, os primeiros interrogatórios do deputado detido que foi também presidente da Comissão Eventual de Inquérito sobre o caso de venda de terrenos pela Câmara a um vereador do BASTA, dono de uma empresa imobiliária.
Com a prisão preventiva do suspeito, aguarda-se agora que o julgamento de Hianique Santos possa também vir ter também eventuais consequências políticas no Executivo camarário comandado por José Luís Santos, um antigo deputado nacional do MpD pela ilha da Boa Vista.
José Luís abandonou o MpD, em 2016, para se candidatar numa lista independente à liderança do município.
Na altura, o recém-eleito presidente da Câmara da ilha da Boa Vista foi considerado um dos vencedores das eleições autárquicas realizadas nesse ano em Cabo Verde.
José Luís Santos justificou a sua decisão de sair do MpD, depois de mais de 30 anos de militância, com o facto de as sondagens o indicarem como o candidato mais bem colocado para vencer o escrutínio.
No entanto, o MpD decidiu apostar novamente no anterior autarca, João Pinto Almeida, que tentava o quinto mandato.
José Luís Santos recebeu 57,5 porcento dos votos dos eleitores da ilha, à frente de Pinto Almeida, com 36,5 porcento, enquanto Henrique Cruz, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), principal força da oposição no país, ficou-se pelos 10,3 porcento.
-0- PANA CS/IZ 15out2018