PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Dengue faz primeira vítima mortal em Angola
Luanda, Angola (PANA) - As autoridades sanitárias angolanas suspeitam que o surto da dengue, que se regista em algumas zonas do país desde março último, com 301 casos confirmados, tenha feito a primeira vítima mortal, na segunda-feira, na capital do país, Luanda, noticiou quarta-feira o diário Jornal de Angola.
De acordo com o único diário do país, o chefe do Centro de Processamento de Dados Epidemiológicos em Luanda, Eusébio Manuel, confirmou que, na segunda-feira, se registou, num dos hospitais de Luanda, um caso de óbito cuja vítima apresentava sinais da doença.
O caso ainda não foi confirmado laboratorialmente, "mas todos os sinais indicam que a dengue esteja na origem do óbito, referiu Eusébio Manuel.
Desde o início do surto da dengue, foram registados casos em todas as províncias do país, com exceção da do Moxico (leste de Angola).
Para fazer face à situação, o Ministério da Saúde reforçou as medidas de vigilância epidemiológica, com o envio de fichas de notificação às províncias, a orientação dos profissionais da área clínica para o diagnóstico e manuseamento correto de casos graves e o inquérito domiciliar para determinar a amplitude da epidemia.
O ministro angolano da Saúde, José Van-Dúnem, assegurou, na semana passada, que as unidades sanitárias do país estão preparadas para tratar as pessoas infetadas pela doença, enquanto o seu Ministério está a melhorar o Sistema de Vigilância Epidemiológica, atualizando os conhecimentos dos técnicos e dos profissionais do setor, a todos os níveis.
Os sintomas da dengue podem ser confundidos com os de paludismo, o que requer dos profissionais de saúde muita atenção ao fazerem o diagnóstico de uma e de outra doença.
A Direção Nacional de Saúde Pública elaborou, há já algum tempo, uma circular para todas as unidades sanitárias do país a informar como a dengue se manifesta.
De acordo com o ministro, o movimento migratório que o país regista propicia a propagação da doença e alertou as pessoas com sintomas de febre a procurarem uma unidade hospitalar pública, de preferência, para diagnóstico precoce da doença.
“Quanto mais cedo as pessoas se dirigirem a uma unidade sanitária, maior é a possibilidade de serem tratadas de forma mais adequada, seja contra a dengue, o paludismo ou outra epidemia qualquer”, alertou.
A dengue é uma enfermidade causada por um arbovírus da família flaviviridae que, segundo investigações, teve origem em primatas que viviam nas proximidades da península da Malásia.
O crescimento populacional aproximou as habitações da região à selva e, assim, os mosquitos transmitiram vírus ancestrais dos primatas aos humanos. Actualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo responsável por cerca de 100 milhões de casos por ano em população de risco.
A febre hemorrágica e a síndrome de choque da dengue atingem pelo menos 500 mil pessoas por ano no mundo e a taxa de mortalidade atinge os dez por cento. No sudeste asiático, a dengue é endémica desde 1950. O primeiro caso de dengue fora do sudeste asiático ocorreu em Cuba, em 1981.
-0- PANA JA/IZ 22maio2013
De acordo com o único diário do país, o chefe do Centro de Processamento de Dados Epidemiológicos em Luanda, Eusébio Manuel, confirmou que, na segunda-feira, se registou, num dos hospitais de Luanda, um caso de óbito cuja vítima apresentava sinais da doença.
O caso ainda não foi confirmado laboratorialmente, "mas todos os sinais indicam que a dengue esteja na origem do óbito, referiu Eusébio Manuel.
Desde o início do surto da dengue, foram registados casos em todas as províncias do país, com exceção da do Moxico (leste de Angola).
Para fazer face à situação, o Ministério da Saúde reforçou as medidas de vigilância epidemiológica, com o envio de fichas de notificação às províncias, a orientação dos profissionais da área clínica para o diagnóstico e manuseamento correto de casos graves e o inquérito domiciliar para determinar a amplitude da epidemia.
O ministro angolano da Saúde, José Van-Dúnem, assegurou, na semana passada, que as unidades sanitárias do país estão preparadas para tratar as pessoas infetadas pela doença, enquanto o seu Ministério está a melhorar o Sistema de Vigilância Epidemiológica, atualizando os conhecimentos dos técnicos e dos profissionais do setor, a todos os níveis.
Os sintomas da dengue podem ser confundidos com os de paludismo, o que requer dos profissionais de saúde muita atenção ao fazerem o diagnóstico de uma e de outra doença.
A Direção Nacional de Saúde Pública elaborou, há já algum tempo, uma circular para todas as unidades sanitárias do país a informar como a dengue se manifesta.
De acordo com o ministro, o movimento migratório que o país regista propicia a propagação da doença e alertou as pessoas com sintomas de febre a procurarem uma unidade hospitalar pública, de preferência, para diagnóstico precoce da doença.
“Quanto mais cedo as pessoas se dirigirem a uma unidade sanitária, maior é a possibilidade de serem tratadas de forma mais adequada, seja contra a dengue, o paludismo ou outra epidemia qualquer”, alertou.
A dengue é uma enfermidade causada por um arbovírus da família flaviviridae que, segundo investigações, teve origem em primatas que viviam nas proximidades da península da Malásia.
O crescimento populacional aproximou as habitações da região à selva e, assim, os mosquitos transmitiram vírus ancestrais dos primatas aos humanos. Actualmente, a dengue é a arbovirose mais comum que atinge o homem, sendo responsável por cerca de 100 milhões de casos por ano em população de risco.
A febre hemorrágica e a síndrome de choque da dengue atingem pelo menos 500 mil pessoas por ano no mundo e a taxa de mortalidade atinge os dez por cento. No sudeste asiático, a dengue é endémica desde 1950. O primeiro caso de dengue fora do sudeste asiático ocorreu em Cuba, em 1981.
-0- PANA JA/IZ 22maio2013