Agência Panafricana de Notícias

Deficientes físicos votam em maior número nas eleições de 25 de setembro em São Tomé e Príncipe

São Tomé, São Tomé e Príncipe  (PANA) - As Nações Unidas, preveem, pela primeira vez em São Tomé e Príncipe, que maior numero de pessoas portadoras de deficiência, votem nas eleições de 25 de Setembro. A ONU apoiará com transporte a deslocação deste grupo de eleitores nas assembleias de votação.

123 mil eleitores são chamados às urnas para votarem em três eleições em simultâneo. legislativas, Autárquicas e Regional, para a Região Autónoma do Príncipe.

Às legislativas concorrem onze formações ao longo das duas semanas de campanha as formações políticas dão a conhecer as propostas eleitorais.

A associação de pessoas portadoras de deficiência em São Tomé e Príncipe quer valorizar nesta votação do dia 25 de Setembro, o voto deste grupo de eleitor que considera marginalizado e esquecido.

“Os candidatos pagam as famílias para deixa-los levar as pessoas para as urnas votar. Nós não vamos aceitar desta vez, com apoio das nações unidas vamos travar isto,” afirmou Arlindo Xissano, Presidente da Associação dos Deficientes Físicos.

De acordo com o inquérito que iniciou a (6.09 terça-feira) foram mapeados cerca de 100 pessoas portadoras de deficiência, eleitores em dificuldades, por razões estigma e preconceitos não votam.

Em São Tomé e Príncipe, longas filas de espera fazem que muitos, deficientes desistam  votar. Mardina Pinto, explicou” tem sido difícil no passado fui votar desde 7:00 e só consegui as 11:00 ninguém se importou pelo meu estado físico.”

“Confesso vos que sabia quão é difícil viver com deficiência, mas não sabia que tanta gente vive em situações extrema” disse Pinto que é igualmente Vice presidente da Associação dos Deficientes Físicos.

Dados de quatro associações, nomeadamente dos albinos, cegos e amblíopes, deficientes físicos, dão conta que existem no País cerca de 7 mil jovens portadores de deficiência em São Tomé e Príncipe  

Uma coisa interessante que estamos a confirmar, é que essas pessoas na maioria tem um cartão eleitor. Alguns disseram o cartão eleitoral que nos faz sentir cidadão igual aos outros” disse Elisabete Azevedo Harmem, Conselheira para Paz e Desenvolvimento das Nações Unidas.

-0-RMG/MAR PANA09setembro2022