Défice da balança comercial de Cabo Verde aumenta 4,3 por cento
Praia, Cabo Verde (PANA) - O défice da balança comercial de Cabo Verde aumentou, em agosto último, 4,3 por cento, enquanto a taxa de cobertura decresceu 2,1 pontos percentuais, num mês em que as exportações e importações aumentaram, respetivamente, 17 por cento e 12,8 por cento, comparação com o mesmo período do ano transato, apurou a PANA, quinta-feira, de fonte segura.
De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), em agosto, as reexportações do país aumentaram 40,6 por cento, comparativamente ao mês homólogo do ano de 2020.
No mês em analises, as exportações de Cabo Verde totalizaram 379 mil milhões de escudos (3,4 mil milhões de euros), correspondendo a um aumento de 55 mil milhões de escudos (498 milhões de euros), mais 17 por cento face ao mês homólogo.
O mesmo estudo concluiu que a Europa continuou a ser o principal cliente de Cabo Verde, absorvendo cerca de 90,2 por cento do total das exportações cabo-verdianas.
A nível de países, a Espanha lidera o ranking dos principais clientes de Cabo Verde na zona económica europeia, representando 63,5 por cento no mês de agosto de 2021, seguida da Itália (14,1 por cento), Portugal (10,2 por cento) e Estados Unidos (8,6 por cento)
No ssado de mês, os produtos mais exportados por Cabo Verde foram os preparados e conservas de peixes (82,6 por cento), os vestuários (4,6 por cento) e peixes crustáceos e moluscos (3,0 por cento).
De acordo com os mesmos dados, em agosto, o continente europeu continuou a ser o principal fornecedor de Cabo Verde, com um peso de 73,6 por cento do montante total, seguido de Ásia/Oceânia (11,7 por cento), América (7,6 por dento), do Resto do Mundo (4,2 por cento) e da África (2,9 por cento).
A nível de países, Portugal lidera entre os fornecedores de Cabo Verde, com 48,4 por cento do total, (10,3 pontos percentuais a menos em relação ao mesmo mês do ano anterior), seguido de Espanha (7,7 por cento), Países Baixos (5,6 por cento), China (5,1 por cento) e Índia (4,2 por cento).
Segundo o INE, no período em análise, os 10 principais produtos importados atingiram 60,8 por cento do montante total das importações de Cabo Verde, contra os 57,2 por cento alcançados por esses mesmos produtos no mês homólogo.
Os produtos mais importados nessa altura foram os combustíveis (11,9 por cento), veículos automóveis (9,3 por cento), ferro e suas obras (7,5 por cento), máquinas e motores (5,5 por cento) e reatores e caldeira (5,5 ordem cento).
Por grandes categorias de bens, os bens de consumo (37,0 por cento), os bens intermédios (21,3 por cento) e os combustíveis (37,9 por cento) evoluíram positivamente em relação ao mesmo mês de 2020.
Já os bens de capital evoluíram negativamente (-48,6 por cento), quando comparado com o mês homologo, prosseguiram os dados do INE.
Os bens de consumo continuam sendo a principal categoria económica de bens importados por Cabo Verde, com 47,3 por cento, seguido dos bens intermédios (30,3 por cento), combustíveis (11,9 por cento) e bens de capital (10,6 por cento) do total das importações.
-0- PANA CS/DD 30setembro2021