Defesa de ex-Presidente mauritano deplora condições de detenção
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - Os advogados de defesa do antigo chefe de Estado mauritano, Mohamed ould Abdel Aziz, lamentaram fortemente as condições da sua custódia policial e "a má interpretação" da lei da advocacia.
Segundo o coletivo de advogados, durante uma conferência de imprensa, quinta-feira à noite, a lei da advocacia atualmente em vigor, na Mauritânia, permite aos profissionais da classe assistir o seu constituinte na fase preliminar de investigação,
Mohamed ould Abdel Aziz está sob custódia policial desde segunda-feira, no contexto de uma investigação desencadeada por um relatório de uma Comissão Parlamentar de Investigação (CEP).
O relatório da CEP denuncia atos de "corrupção" observados durante o regime de Azis, particularmente na adjudicação de cerca de uma centena de contratos públicos em diversas áreas, incluindo energia, infraestruturas, pescas e terras.
Na conferência de imprensa de quinta-feira, o advogado Mohamed Mohamed ould Ichidou e os seus colegas criticaram também o relatório dos deputados transmitido à justiça como "um trabalho vacilante, realizado sem observar o contraditório".
No seu entender, os deputados excederam as suas prerrogativas, ao invadir o trabalho de controlo das inspecões especializadas do Estado.
Os advogados exigiram uma contraperitagem e lamentaram "uma violação flagrante da presunção de inocência do ex-Presidente da República, vítima de um ajuste de contas político, sem relação com o princípio da responsabilização".
Explicaram a razão pela qual o antigo chefe de Estado recusou falar com os investigadores, considerando "que ele está protegido pela Constituição".
A lei fundamental só permite a acusação do Presidente da República em caso de crime de alta traição, nos termos do seu srtigo 96, argumentaram.
-0- PANA SAS/BEH/DIM/IZ 21agosto2020