PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Defensores de direitos humanos denunciam expulsão de migrantes da Argélia
Argel, Argélia (PANA) - A Coligação das Associações Argelinas e Internacionais de Defesa dos Direitos Humanos denunciou domingo operações de detenção e expulsão dos migrantes originários dos países da África Ocidental desde 10 de fevereiro último, realizadas pelas autoridades argelinas.
Estes migrantes são detidos nas ruas, dentro de autocarros de transporte e mesmo nas oficinas de trabalho para a sua expulsão da Argélia, denunciam os militantes dos direitos humanos.
Esta operação surge após uma série de expulsões de grupos de indivíduos ocorridas em setembro e outubro de 2007, refere-se.
Assim, "A Plataforma de Migração na Argélia”, composta por 21 organizações internacionais e locais, advertiu das «consequências catastróficas destas expulsões indiscriminadas» e que separam às vezes pessoas duma mesma família e isolam menores.
« Com medo das detenções, vários migrantes ficam nas suas casas e se, as operações de expulsão continuarem, eles serão obrigados a viver escondidos, o que vai deteriorar cada vez mais a sua situação » , deplorou a plataforma, acrescentando que « a sua situação estará cada vez mais preocupante devido à ausência de proteção sanitária e de ajuda alimentar ».
Várias centenas de migrantes originários do Mali, da Côte d’Ivoire, da Nigéria, dos Camarões, da Libéria e da Guiné Conakry, dos quais mulheres grávidas, foram transportados da Argélia a bordo de autocarros, a 14 de fevereiro último, e encaminhados para a fronteira com o Níger, a 400 quilómetros a sul do país, onde eles foram obrigados a «caminhar no deserto do Sara» em direção à localidade nigerina de Ossalaka, situada a 15 quilómetros da fronteira.
Segundo estimativas, sem fontes, quase 100 mil migrantes clandestinos vivem na Argélia, cuja maioria provém dos países da África Subsariana. Eles vivem fora de qualquer quadro regulamentar e em condições de vida muito difíceis e são muitas vezes vítimas de empregadores sem consciência.
A Amnistia Internacional (AI) anunciou recentemente que mais de dois mil migrantes originários dos países da África Subsariana tinham sido detidos na Argélia em setembro e outubro de 2017 e expulsos para o Níger, denunciando « uma discriminação racial e operações de expulsão de ilegais ».
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-0- PANA AT/IN/JSG/FK/DD 19fev2018
Estes migrantes são detidos nas ruas, dentro de autocarros de transporte e mesmo nas oficinas de trabalho para a sua expulsão da Argélia, denunciam os militantes dos direitos humanos.
Esta operação surge após uma série de expulsões de grupos de indivíduos ocorridas em setembro e outubro de 2007, refere-se.
Assim, "A Plataforma de Migração na Argélia”, composta por 21 organizações internacionais e locais, advertiu das «consequências catastróficas destas expulsões indiscriminadas» e que separam às vezes pessoas duma mesma família e isolam menores.
« Com medo das detenções, vários migrantes ficam nas suas casas e se, as operações de expulsão continuarem, eles serão obrigados a viver escondidos, o que vai deteriorar cada vez mais a sua situação » , deplorou a plataforma, acrescentando que « a sua situação estará cada vez mais preocupante devido à ausência de proteção sanitária e de ajuda alimentar ».
Várias centenas de migrantes originários do Mali, da Côte d’Ivoire, da Nigéria, dos Camarões, da Libéria e da Guiné Conakry, dos quais mulheres grávidas, foram transportados da Argélia a bordo de autocarros, a 14 de fevereiro último, e encaminhados para a fronteira com o Níger, a 400 quilómetros a sul do país, onde eles foram obrigados a «caminhar no deserto do Sara» em direção à localidade nigerina de Ossalaka, situada a 15 quilómetros da fronteira.
Segundo estimativas, sem fontes, quase 100 mil migrantes clandestinos vivem na Argélia, cuja maioria provém dos países da África Subsariana. Eles vivem fora de qualquer quadro regulamentar e em condições de vida muito difíceis e são muitas vezes vítimas de empregadores sem consciência.
A Amnistia Internacional (AI) anunciou recentemente que mais de dois mil migrantes originários dos países da África Subsariana tinham sido detidos na Argélia em setembro e outubro de 2017 e expulsos para o Níger, denunciando « uma discriminação racial e operações de expulsão de ilegais ».
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-0- PANA AT/IN/JSG/FK/DD 19fev2018