PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Crise ivoiriense em destaque na imprensa congolesa
Brazzaville, Congo (PANA) – Os jornais congoleses editados nesta semana em Brazzaville comentaram muito a crise na Côte d’Ivoire devida à recusa de Laurent Gbagbo, Presidente cessante, de ceder o poder a Alassane Ouattara, vencedor da segunda volta da presidencial ivoiriense de 28 de Novembro último, apesar dos apelos repetidos da comunidade internacional.
"O que se passa hoje na Côte d’Ivoire ultrapassa o entendimento, mesmo se o mecanismo de auto-destrução do país era previsível, com a recusa de Gbagbo de entregar o poder ao presidente legítimo, Alassane Ouattara", escreveu o Les Dépêches de Brazzaville (o diário pró-governamental), que ressalta que "quando a locura impera nas mais altas esferas políticas de um país, a violência não tem limite".
"O Ivoirienses devem encontrar neles a energia necessária para prosseguir antes que seja muito tarde, o processo conducente à paz civil e convencer os seus partidários que o extremismo nunca levou ao lado nenhum, que apenas a moderação pode resolver conflitos com que o seu país está confrontado", sublinha o Les Dépêche de Brazzaville".
"O drama que assola de novo a Côte d’Ivoire estava inscrito antecipadamente na história deste país infeliz. à semelhança da vitória indiscutível de Alassane Ouattara na segunda volta da eleição presidencial e à recusa de Laurent Gbagbo de lhe ceder o seu lugar" escreve este jornal.
Para o TAM-TAM d’Afrique (semanário independente), "Os acordos concluidos entre os diferentes atores ivoirienses e que levaram à organização da eleição presidencial, várias vezes adiada após o fim do mandato de Gbagbo em 2005, não prevíam nenhuma disposição escrita ou medida caso um candidato se recusar a admitir os resultados eleitorais".
"Todo o mundo, sem exeção, deve convidar Gbagbo a deixar o poder antes de iniciar qualquer negociação", sublinha o semanário independente, sustentando que "aparentemente, só uma intervenção militar poderá destronar Gbagbo no poder há 10 anos".
"Se um Presidente eleito (o caso de Ouattara) não tomar o poder, para que serve proibir Abdoulaye Wade (Presidente do Senegal) de se candidatar novamente no Senegal mesmo se ultrapassa os 90 anos de idade", gracejou um diplomata africano em Brazzaville, citado pelo TAM-TAM d’Afrique.
O semanário recorda que, em 2003, os países da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), com o apoio dos Países de Lingua Oficial Portuguesa (PALOP) e a Nigéria, restabeleceram um Presidente de São Tomé e Príncipe, expulso do poder por golpistas.
"A situação na Côte d’Ivoire deve abrir aos Africanos os espíritos para que entendam uma vez por todas que a democracia é uma cultura que tem o seu fundamento no seio do lar, passando pela vida de todos os dias, pela aceitação e pela crítica do outro com base na argumentação pelos partidos políticos antes de ser instituída como um sistema de gestão no cume do Estado", considera La Griffe (semanário próximo da oposição).
-0- PANA MB/JSG/IBA/CJB/DD 22Dez2010
"O que se passa hoje na Côte d’Ivoire ultrapassa o entendimento, mesmo se o mecanismo de auto-destrução do país era previsível, com a recusa de Gbagbo de entregar o poder ao presidente legítimo, Alassane Ouattara", escreveu o Les Dépêches de Brazzaville (o diário pró-governamental), que ressalta que "quando a locura impera nas mais altas esferas políticas de um país, a violência não tem limite".
"O Ivoirienses devem encontrar neles a energia necessária para prosseguir antes que seja muito tarde, o processo conducente à paz civil e convencer os seus partidários que o extremismo nunca levou ao lado nenhum, que apenas a moderação pode resolver conflitos com que o seu país está confrontado", sublinha o Les Dépêche de Brazzaville".
"O drama que assola de novo a Côte d’Ivoire estava inscrito antecipadamente na história deste país infeliz. à semelhança da vitória indiscutível de Alassane Ouattara na segunda volta da eleição presidencial e à recusa de Laurent Gbagbo de lhe ceder o seu lugar" escreve este jornal.
Para o TAM-TAM d’Afrique (semanário independente), "Os acordos concluidos entre os diferentes atores ivoirienses e que levaram à organização da eleição presidencial, várias vezes adiada após o fim do mandato de Gbagbo em 2005, não prevíam nenhuma disposição escrita ou medida caso um candidato se recusar a admitir os resultados eleitorais".
"Todo o mundo, sem exeção, deve convidar Gbagbo a deixar o poder antes de iniciar qualquer negociação", sublinha o semanário independente, sustentando que "aparentemente, só uma intervenção militar poderá destronar Gbagbo no poder há 10 anos".
"Se um Presidente eleito (o caso de Ouattara) não tomar o poder, para que serve proibir Abdoulaye Wade (Presidente do Senegal) de se candidatar novamente no Senegal mesmo se ultrapassa os 90 anos de idade", gracejou um diplomata africano em Brazzaville, citado pelo TAM-TAM d’Afrique.
O semanário recorda que, em 2003, os países da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), com o apoio dos Países de Lingua Oficial Portuguesa (PALOP) e a Nigéria, restabeleceram um Presidente de São Tomé e Príncipe, expulso do poder por golpistas.
"A situação na Côte d’Ivoire deve abrir aos Africanos os espíritos para que entendam uma vez por todas que a democracia é uma cultura que tem o seu fundamento no seio do lar, passando pela vida de todos os dias, pela aceitação e pela crítica do outro com base na argumentação pelos partidos políticos antes de ser instituída como um sistema de gestão no cume do Estado", considera La Griffe (semanário próximo da oposição).
-0- PANA MB/JSG/IBA/CJB/DD 22Dez2010