PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Crise ivoiriense em destaque na imprensa congolesa
Brazzaville, Congo (PANA) – Os jornais congoleses desta semana em Brazzaville debruçaram-se amplamente sobre a crise ivoiriense surgida da recusa do Presidente cessante, Laurent Gbagbo, de aceitar os resultados da segunda volta das eleições presidenciais divulgados pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) que declarou como vencedor o seu candidato da oposição Alassane Ouattara.
"Haverá na história pós-colonial da Côte d’Ivoire um único momento em que este grande país da África Ocidental foi um exemplo de eleições democráticas, com uma alternância pacífica no poder? ", interroga-se o semanário católico "La Semaine africaine", que responde negativamente à sua interrogação.
Pelo contrário, sublinha o jornal, desde o falecimento, em Dezembro de 1993, do pai da independência, Houphouët-Boigny, que reinou sem partilha do poder durante 33 anos, a Côte d’Ivoire "só oferece o triste espetáculo dos protagonistas políticos".
"O desfecho confuso das eleições presidenciais ivoirienses não é surpreendente", julga o semanário católico, que sublinha que "se as mesmas causas produzem os mesmos efeitos, não se podia esperar um escrutínio que tirasse o país da sua longa crise, uma vez que concorreram os mesmos atores da cena política ivoiriense desde o falecimento de Houphouët-Boigny".
Para concluir, o colunista do jornal católico questiona se a Côte d’Ivoire caminha para a sua divisão em dois Estados independentes.
Para o "Le Patriote", semanário próximo do poder, "face à amplitude dos protestos a nível internacional e ao apoio de modo geral de que goza Ouattara enquanto candidato da oposição, Gbagbo tem doravante uma margem de manobra "muito reduzida, num país onde uma parte é controlada por uma rebelião".
"Esta situação não para de aumentar a tensão entre os partidários dos dois campos", constata Le Patriote que também se interroga se a Côte d’Ivoire estará a caminhar para uma guerra civil entre os partidários de Ouattara e de Gbagbo
"O ridículo não mata em África. Na Côte d’Ivoire, Gbagbo vencido pelo seu adversário Ouattara autoproclamou-se vencedor no termo da segunda volta das presidenciais ivoirienses, usurpando deste modo o poder", analisa por seu turno o semanário "Emmanuel".
-0- PANA MB/JSG/CJB/IZ 9Dez2010
"Haverá na história pós-colonial da Côte d’Ivoire um único momento em que este grande país da África Ocidental foi um exemplo de eleições democráticas, com uma alternância pacífica no poder? ", interroga-se o semanário católico "La Semaine africaine", que responde negativamente à sua interrogação.
Pelo contrário, sublinha o jornal, desde o falecimento, em Dezembro de 1993, do pai da independência, Houphouët-Boigny, que reinou sem partilha do poder durante 33 anos, a Côte d’Ivoire "só oferece o triste espetáculo dos protagonistas políticos".
"O desfecho confuso das eleições presidenciais ivoirienses não é surpreendente", julga o semanário católico, que sublinha que "se as mesmas causas produzem os mesmos efeitos, não se podia esperar um escrutínio que tirasse o país da sua longa crise, uma vez que concorreram os mesmos atores da cena política ivoiriense desde o falecimento de Houphouët-Boigny".
Para concluir, o colunista do jornal católico questiona se a Côte d’Ivoire caminha para a sua divisão em dois Estados independentes.
Para o "Le Patriote", semanário próximo do poder, "face à amplitude dos protestos a nível internacional e ao apoio de modo geral de que goza Ouattara enquanto candidato da oposição, Gbagbo tem doravante uma margem de manobra "muito reduzida, num país onde uma parte é controlada por uma rebelião".
"Esta situação não para de aumentar a tensão entre os partidários dos dois campos", constata Le Patriote que também se interroga se a Côte d’Ivoire estará a caminhar para uma guerra civil entre os partidários de Ouattara e de Gbagbo
"O ridículo não mata em África. Na Côte d’Ivoire, Gbagbo vencido pelo seu adversário Ouattara autoproclamou-se vencedor no termo da segunda volta das presidenciais ivoirienses, usurpando deste modo o poder", analisa por seu turno o semanário "Emmanuel".
-0- PANA MB/JSG/CJB/IZ 9Dez2010