PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Crise humanitária agrava-se no leste da RD Congo
Dar-es-Salaam, Tanzânia (PANA) - A agência internacional para o desenvolvimento, Oxfam, receia um colapso total da autoridade do Estado e uma agravação da crise humanitária no leste da República Democrática do Congo (RDC), onde o grupo rebelde armado M23 tenta controlar mais territórios e uma multitude de outros aterrorizam as populações.
O recente conflito causou a deslocação de dezenas de milhares de pessoas, das quais 120 mil estariam atualmente a necessitar ajuda de emergência, revelou a agência quinta-feira à noite.
"As pessoas vivem em condições caóticas. Receia-se uma epidemia de cólera e outras doenças mortais, enquanto as penúrias de eletricidade e de água em Goma não deixaram outra escolha a milhares de pessoas a não ser usar água do Lago Kivu", declarou o coordenador humanitário da Oxfam, Tariq Riebl.
Segundo a agência, várias pessoas dormem ao relento ou estão alojadas em escolas e em outros edifícios, sem nenhuma ajuda humanitária.
A Oxfam apelou aos Governos regionais e internacionais a reforçar a ajuda de emergência na região, a assegurar-se de que as populações sejam protegidas de outras violências e a esforçar-se com urgência para encontrar uma solução sustentável a esta crise.
A crise desta semana em Goma poderá apenas ser a parte visível do icebergue, declarou a Oxfam, notando que desde o mês de abril vários grupos rebeldes proliferam depois de o Exército governamental retirar as suas tropas da maioria da região do leste para se concentrar na rebelião do M23.
Outros grupos armados aproveitaram este vazio de segurança e doravante pelo menos 25 deles estão ativos nos dois Kivus (Norte e Sul).
A maioria das pessoas afetadas pelos combates desta semana já estavam em campos após terem fugido a insegurança crescente este ano, que deslocou 767 mil pessoas no leste da RD Congo.
"O caos engendra o caos. São as comunidades que vão ser as mais afetadas", declarou Tariq Riebl.
"O mundo tem os olhos virados para Goma, mas há cidades e aldeias no leste do Congo que estão completamente esquecidas e dirigidas por predadores armados. Em terras imensas, as populações estão bloqueadas praticamente sem proteção dos serviços de segurança", denunciou.
"Enquanto as violências se intensificam, a ONU deve fazer tudo ao seu poder para proteger os civis congoleses afetados pelos combates. As mulheres e os homens sofreram durante muito tempo; eles desejam ter segurança e ter uma oportunidade de levar bem a cabo a sua vida. Eles não devem ser ignorados", indica a Oxfam.
Por seu turno, a agência espera reforçar a sua reação a esta crise, após solucionar a questão do abastecimento de água e do saneamento para 115 mil pessoas nos últimos meses.
-0- PANA AR/SEG/FJG/JSG/MAR/TON 23nov2012
O recente conflito causou a deslocação de dezenas de milhares de pessoas, das quais 120 mil estariam atualmente a necessitar ajuda de emergência, revelou a agência quinta-feira à noite.
"As pessoas vivem em condições caóticas. Receia-se uma epidemia de cólera e outras doenças mortais, enquanto as penúrias de eletricidade e de água em Goma não deixaram outra escolha a milhares de pessoas a não ser usar água do Lago Kivu", declarou o coordenador humanitário da Oxfam, Tariq Riebl.
Segundo a agência, várias pessoas dormem ao relento ou estão alojadas em escolas e em outros edifícios, sem nenhuma ajuda humanitária.
A Oxfam apelou aos Governos regionais e internacionais a reforçar a ajuda de emergência na região, a assegurar-se de que as populações sejam protegidas de outras violências e a esforçar-se com urgência para encontrar uma solução sustentável a esta crise.
A crise desta semana em Goma poderá apenas ser a parte visível do icebergue, declarou a Oxfam, notando que desde o mês de abril vários grupos rebeldes proliferam depois de o Exército governamental retirar as suas tropas da maioria da região do leste para se concentrar na rebelião do M23.
Outros grupos armados aproveitaram este vazio de segurança e doravante pelo menos 25 deles estão ativos nos dois Kivus (Norte e Sul).
A maioria das pessoas afetadas pelos combates desta semana já estavam em campos após terem fugido a insegurança crescente este ano, que deslocou 767 mil pessoas no leste da RD Congo.
"O caos engendra o caos. São as comunidades que vão ser as mais afetadas", declarou Tariq Riebl.
"O mundo tem os olhos virados para Goma, mas há cidades e aldeias no leste do Congo que estão completamente esquecidas e dirigidas por predadores armados. Em terras imensas, as populações estão bloqueadas praticamente sem proteção dos serviços de segurança", denunciou.
"Enquanto as violências se intensificam, a ONU deve fazer tudo ao seu poder para proteger os civis congoleses afetados pelos combates. As mulheres e os homens sofreram durante muito tempo; eles desejam ter segurança e ter uma oportunidade de levar bem a cabo a sua vida. Eles não devem ser ignorados", indica a Oxfam.
Por seu turno, a agência espera reforçar a sua reação a esta crise, após solucionar a questão do abastecimento de água e do saneamento para 115 mil pessoas nos últimos meses.
-0- PANA AR/SEG/FJG/JSG/MAR/TON 23nov2012