PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Crise financeira ameaça luta contra malária em África
Paris, França (PANA) – A diretora executiva da parceria "Fazer Recuar a Malária", Awa-Marie Coll-Seck, manifestou, terça-feira, em Paris, os seus receios de ver a crise financeira internacional reduzir os compromissos dos doadores a favor da luta contra a malária em África.
"A comunidade internacional mobilizou-se para fazer passar os seus compromissos de 100 milhões de dólares americanos em 2000 para cerca de um bilião e 500 milhões atualmente. Estamos hoje com receios de que esta dinâmica esteja comprometida devido à crise financeira que pode levar a recuos das prioridades nacionais", confiou à PANA.
De acordo com Coll-Seck, antiga ministra da Saúde do Senegal, a depreciação do dólar no mercado de câmbios prejudica a mobilização financeira contra a malária, uma das primeiras causas da mortalidade em África.
"No contexto atual, pretendemos mobilizar além dos doadores de fundos habituais; o nosso desejo é implicar muitos países como o Canadá, a Austrália, a Índia e o Brasil no financiamento da luta contra a malária. A prazo, gostariamos implicar todos os países emergentes denominados BRIC", indicou a diretora executiva de "Fazer Recuar a Malária".
Para ela, África deve igualmente participar no financiamento dos programas nacionais de luta contra a malária.
"Nós, países africanos, somos os interessados de primeiro plano nesta luta. Portanto, não podemos continuar a contar exclusivamente com os outros para a financiar. Cada país deverá, consoante os seus meios, contribuir para a mobilização financeira contra esta pandemia", disse ainda Coll-Seck.
Num relatório divulgado em finais de setembro último, a parceria "Fazer Recuar a Malária" sublinha que cerca de seis biliões de dólares americanos serão necessários cada ano para erradicar a malária.
A utilização de mosquiteiros tratados em grande escala nos países africanos permitiu reduzir a mortalidade devida à malária no continente, sobretudo nas mulheres grávidas e nas crianças, segundo os autores do relatório.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/CJB/IZ 22nov2011
"A comunidade internacional mobilizou-se para fazer passar os seus compromissos de 100 milhões de dólares americanos em 2000 para cerca de um bilião e 500 milhões atualmente. Estamos hoje com receios de que esta dinâmica esteja comprometida devido à crise financeira que pode levar a recuos das prioridades nacionais", confiou à PANA.
De acordo com Coll-Seck, antiga ministra da Saúde do Senegal, a depreciação do dólar no mercado de câmbios prejudica a mobilização financeira contra a malária, uma das primeiras causas da mortalidade em África.
"No contexto atual, pretendemos mobilizar além dos doadores de fundos habituais; o nosso desejo é implicar muitos países como o Canadá, a Austrália, a Índia e o Brasil no financiamento da luta contra a malária. A prazo, gostariamos implicar todos os países emergentes denominados BRIC", indicou a diretora executiva de "Fazer Recuar a Malária".
Para ela, África deve igualmente participar no financiamento dos programas nacionais de luta contra a malária.
"Nós, países africanos, somos os interessados de primeiro plano nesta luta. Portanto, não podemos continuar a contar exclusivamente com os outros para a financiar. Cada país deverá, consoante os seus meios, contribuir para a mobilização financeira contra esta pandemia", disse ainda Coll-Seck.
Num relatório divulgado em finais de setembro último, a parceria "Fazer Recuar a Malária" sublinha que cerca de seis biliões de dólares americanos serão necessários cada ano para erradicar a malária.
A utilização de mosquiteiros tratados em grande escala nos países africanos permitiu reduzir a mortalidade devida à malária no continente, sobretudo nas mulheres grávidas e nas crianças, segundo os autores do relatório.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/CJB/IZ 22nov2011