PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Crescimento económico de Cabo Verde depende da zona euro e do turismo, diz OCDE
Paris, Cabo Verde (PANA) – Cabo Verde vai crescer 3,1 porcento este ano se a zona euro mantiver a recuperação económica e se o setor do turismo recuperar o fôlego, revela um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).
O relatório da OCDE sobre as Perspetivas Económicas Africanas, divulgado segunda-feira, em Paris (França), sublinha que o crescimento previsto para 2014 será alcançado se a recuperação em curso da zona euro, o maior parceiro comercial de Cabo Verde, for sustentável.
Mas o documento alerta que "se o abrandamento das receitas do Turismo persistir, isto pode emperrar o maior motor do crescimento" do arquipélago.
A OCDE concluiu também que a economia cabo-verdiana "não foi tão resiliente à zona euro como se pensava anteriormente", o que tem tido reflexos visíveis na economia do arquipélago.
A este propósito, o documento lembra que "os indicadores de confiança dos empresários e dos consumidores se têm deteriorado enquanto os fluxos de Investimento Direto Estrangeiro mantêm a sua tendência decrescente na balança de pagamentos".
No entanto, acrescenta, a procura do setor público continuou a suportar a economia", o que, por seu lado, vai manter o défice das contas públicas em valores próximos dos oito porcento neste e no próximo ano.
"Como resultado das crescentes necessidades de empréstimos do setor público para financiar grandes investimentos em infraestruturas, a dívida pública total nominal subiu de 69 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2009, para 93 porcento em 2013", notam os peritos da OCDE.
Eles reconhecem os esforços do Executivo em focar-se na consolidação orçamental e dizem ser "crítico" que o país "acelere as reformas do ambiente empresarial para melhorar a competitividade, particularmente no mercado laboral".
Os analistas da OCDE revelam ainda que "o crédito à economia deverá continuar limitado porque os bancos estão cada vez mais cautelosos [nos empréstimos] por causa do crédito malparado e da necessidade de garantir provisões.
Esta situação, prosseguem, limita o potencial para o crescimento dos empréstimos e, por conseguinte, da atividade económica do país, que deverá registar uma inflação de 1,8 e dois porcento neste e no próximo ano.
O Orçamento do Estado para o ano em curso aponta uma previsão de crescimento económico de Cabo Verde no intervalo entre 3,5 e quatro porcento.
-0- PANA CS/IZ 20maio2014
O relatório da OCDE sobre as Perspetivas Económicas Africanas, divulgado segunda-feira, em Paris (França), sublinha que o crescimento previsto para 2014 será alcançado se a recuperação em curso da zona euro, o maior parceiro comercial de Cabo Verde, for sustentável.
Mas o documento alerta que "se o abrandamento das receitas do Turismo persistir, isto pode emperrar o maior motor do crescimento" do arquipélago.
A OCDE concluiu também que a economia cabo-verdiana "não foi tão resiliente à zona euro como se pensava anteriormente", o que tem tido reflexos visíveis na economia do arquipélago.
A este propósito, o documento lembra que "os indicadores de confiança dos empresários e dos consumidores se têm deteriorado enquanto os fluxos de Investimento Direto Estrangeiro mantêm a sua tendência decrescente na balança de pagamentos".
No entanto, acrescenta, a procura do setor público continuou a suportar a economia", o que, por seu lado, vai manter o défice das contas públicas em valores próximos dos oito porcento neste e no próximo ano.
"Como resultado das crescentes necessidades de empréstimos do setor público para financiar grandes investimentos em infraestruturas, a dívida pública total nominal subiu de 69 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2009, para 93 porcento em 2013", notam os peritos da OCDE.
Eles reconhecem os esforços do Executivo em focar-se na consolidação orçamental e dizem ser "crítico" que o país "acelere as reformas do ambiente empresarial para melhorar a competitividade, particularmente no mercado laboral".
Os analistas da OCDE revelam ainda que "o crédito à economia deverá continuar limitado porque os bancos estão cada vez mais cautelosos [nos empréstimos] por causa do crédito malparado e da necessidade de garantir provisões.
Esta situação, prosseguem, limita o potencial para o crescimento dos empréstimos e, por conseguinte, da atividade económica do país, que deverá registar uma inflação de 1,8 e dois porcento neste e no próximo ano.
O Orçamento do Estado para o ano em curso aponta uma previsão de crescimento económico de Cabo Verde no intervalo entre 3,5 e quatro porcento.
-0- PANA CS/IZ 20maio2014