PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Cote d'Ivoire "não convidada" para cimeira extraordinária da CEDEAO
Lagos, Nigéria (PANA) – A cimeira extraordinária da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) convocada para esta terça-feira sobre a crise eleitoral na Côte d’Ivoire vai realizar-se sem a presença dos representantes deste país, soube a PANA de fonte da organização.
''Eles (Ivoirienses) não participarão na reunião a decorrer em Abuja (capital federal nigeriana) porque não foram convidados”, explicou a fonte.
Por outro lado, um enviado especial do presidente da CEDEAO devia deslocar-se à Côte d’Ivoire antes da realização deste encontro mas, segundo a mesma fonte, as autoridades ivoirienses ainda não responderam à solicitação que lhes endereçada neste sentido.
Desde o início da atual crise eleitoral na Côte d’Ivoire, onde foram empossados dois Presidentes para um só país, e no mesmo dia, as fronteiras nacionais foram encerradas obrigando a que toda e qualquer entrada no território nacional tenha de ser prévia e superiormente autorizada. Porém, segundo o Exército, esta medida foi levantada a partir desta segunda-feira.
No centro da crise ivoiriense estão o Presidente cessante Laurent Gbagbo e o seu opositor Alassane Dramane Ouattara que prestaram todos juramento, no mesmo dia, como Presidente da República, depois de o primeiro rejeitar os resultados da segunda volta das eleições presidenciais de 28 de Novembro passado.
Segundo a Comissão Eleitoral Independente (CEI), o escrutínio foi ganho por Alassane Ouattara com 54,1 porcento dos votos contra 45,9 porcento de Laurent Gbagbo mas estes resultados foram imediatamente “invalidados” pelo Conselho Constitucional que atribuiu vitória a este último (51,45 porcento) em detrimento de Outtara (48,55 porcento).
O Conselho Constitucional indicou ter anulado os votos de sete municípios do norte atualmente controlado por elementos da ex-rebelião das Forças Novas (FN) bem como os da circunscrição de Bouaké, no centro do país e bastião das FN, por alegadas “fraudes e irregularidades graves" verificadas nestas zonas durante a votação.
Entre o tipo de irregularidades alegadamente constatadas, o Conselho cita "enchimentos de urnas" e casos de eleitores "impedidos" de votar ou "coagidos, sob ameaça de armas de fogo, a votar por Ouattara".
Mas as Nações Unidas e demais organizações internacionais que supervisionaram o escrutínio consideraram que a votação decorreu "globalmente de forma democrática, justa e livre", apesar de alguns incidentes violentos que "não afetaram os resultados".
Por isso, as Nações Unidas declararam que os únicos resultados válidos são os proclamados pela CEI dando vitória a Alassane Outtara e apoiados pelo primeiro-ministro Guillaume Soro, pela União Africana (UA) e pela CEDEAO.
De acordo com o representante das Nações Unidas na Côte d'Ivoire, Youn-jin Choi, a decisão do Conselho Constitucional de “invalidar” os resultados proclamados pela CEI e declarar a vitória do Presidente cessante "não corresponde a factos".
-0- PANA SEG/IZ 6Dez2010
''Eles (Ivoirienses) não participarão na reunião a decorrer em Abuja (capital federal nigeriana) porque não foram convidados”, explicou a fonte.
Por outro lado, um enviado especial do presidente da CEDEAO devia deslocar-se à Côte d’Ivoire antes da realização deste encontro mas, segundo a mesma fonte, as autoridades ivoirienses ainda não responderam à solicitação que lhes endereçada neste sentido.
Desde o início da atual crise eleitoral na Côte d’Ivoire, onde foram empossados dois Presidentes para um só país, e no mesmo dia, as fronteiras nacionais foram encerradas obrigando a que toda e qualquer entrada no território nacional tenha de ser prévia e superiormente autorizada. Porém, segundo o Exército, esta medida foi levantada a partir desta segunda-feira.
No centro da crise ivoiriense estão o Presidente cessante Laurent Gbagbo e o seu opositor Alassane Dramane Ouattara que prestaram todos juramento, no mesmo dia, como Presidente da República, depois de o primeiro rejeitar os resultados da segunda volta das eleições presidenciais de 28 de Novembro passado.
Segundo a Comissão Eleitoral Independente (CEI), o escrutínio foi ganho por Alassane Ouattara com 54,1 porcento dos votos contra 45,9 porcento de Laurent Gbagbo mas estes resultados foram imediatamente “invalidados” pelo Conselho Constitucional que atribuiu vitória a este último (51,45 porcento) em detrimento de Outtara (48,55 porcento).
O Conselho Constitucional indicou ter anulado os votos de sete municípios do norte atualmente controlado por elementos da ex-rebelião das Forças Novas (FN) bem como os da circunscrição de Bouaké, no centro do país e bastião das FN, por alegadas “fraudes e irregularidades graves" verificadas nestas zonas durante a votação.
Entre o tipo de irregularidades alegadamente constatadas, o Conselho cita "enchimentos de urnas" e casos de eleitores "impedidos" de votar ou "coagidos, sob ameaça de armas de fogo, a votar por Ouattara".
Mas as Nações Unidas e demais organizações internacionais que supervisionaram o escrutínio consideraram que a votação decorreu "globalmente de forma democrática, justa e livre", apesar de alguns incidentes violentos que "não afetaram os resultados".
Por isso, as Nações Unidas declararam que os únicos resultados válidos são os proclamados pela CEI dando vitória a Alassane Outtara e apoiados pelo primeiro-ministro Guillaume Soro, pela União Africana (UA) e pela CEDEAO.
De acordo com o representante das Nações Unidas na Côte d'Ivoire, Youn-jin Choi, a decisão do Conselho Constitucional de “invalidar” os resultados proclamados pela CEI e declarar a vitória do Presidente cessante "não corresponde a factos".
-0- PANA SEG/IZ 6Dez2010