Corrupção deve ser combatida por todos e para todos", diz ONU
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - A corrupção ameaça o bem-estar das nossas sociedades, o futuro das nossas crianças e a saúde do planeta, portanto ela deve ser combatida por todos e para todos", defende o diretor executivo do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), Yuri Fedotov.
Ao entrarmos numa década de ações ambiciosas para alcançarmos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), envidarmos os esforços a fim de erradicarmos a corrupção e promovermos a boa governação, "é essencial cumprirmos o nosso compromisso global de não deixarmos ninguém atrás", declarou domingo último Fedotov por ocasião do Dia Internacional Anticorrupção, comemorado a 9 de dezembro corrente.
A seu ver, a corrupção afeta pessoas no seu dia a dia.
Fedotov argumentou que a corrupção impede o acesso a recursos e oportunidades, corroendo a confiança em instituições públicas e comprometendo o contrato social.
"A corrupção mina os nossos esforços para construirmos um mundo melhor. Vencermos a luta contra a corrupção significa criarmos condições necessárias a fim de combater efetivamente a pobreza e desigualdades sociais que dela resultam", disse Fedotov.
Atribui à Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, "quase universalmente ratificada", 15 anos de progressos significativos na incriminação da corrupção, recuperação e devolução de bens roubados.
Na última década, a implementação da Convenção beneficiou de um mecanismo único de revisão pelos pares, que permite aos países tomarem medidas legislativas, reforcarem as suas instituições e aumentarem a sua cooperação.
De acordo com o comunicado, o UNODC está a ajudar a comunidade internacional a traduzir a Convenção em ação e avançar na sua agenda global de combate à corrupção.
"Uma parte importante deste trabalho é ajudar a preparar a primeira sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas contra a corrupção em 2021", lê-se na nota que cita Fedotov.
"Ao criarmos uma dinâmica inclusiva para esta oportunidade chave, devemos ouvir as vozes dos jovens que exigem transparência e fazer a diferença, agindo no seio das suas comunidades", aconselhou.
Coroborando esta posição, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, disse que "as pessoas têm razão de estarem zangadas."
Guterres acha importante, como na sua mobilização por uma ação climática ambiciosa e uma globalização justa, ver-se jovens exigirem responsabilidade e justiça como forma de combater e erradicar práticas corruptas.
-0- PANA MA/NFB/JSG/SOC/CJB/DD 09dez2019