PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Coordenadora onusina preocupada com insegurança em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - A coordenadora residente do Sistema das Nações Unidas (SNU) em Cabo Verde, Ulrika Richarson Golinski, disse estar preocupada com a questão da insegurança e do “medo” que reina no seio dos Cabo-verdianos, o que faz com que muitos deixem de sair à rua e permaneçam em casa como autênticos prisioneiros.
“Para mim isso não é correto, nem o ideal. A convivência pacífica sem medo é muito importante para um país, e para isso será necessário um trabalho de prevenção e de respostas para as questões de segurança”, afirmou Ulrika Richarson Golinski.
A responsável onusina falava em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), em jeito de balanço dos resultados do trabalho que desenvolveu ao longo dos cinco anos de missão que termina agora no arquipélago.
Ela considerou, a propósito, que o sistema de videovigilância, que o Governo vai implementar nos centros urbanos, não vai, por si só, resolver a questão da segurança.
Reconheceu que, nos últimos anos, o país recuperou a sua economia, mas salientou que este crescimento económico por si só não resolve o problema da pobreza, da desigualdade social, da inclusão social e muito menos da segurança.
No seu entender, para que esse crescimento seja sustentável e inclusivo, o Governo deve continuar a investir, reforçar e melhorar o acesso à educação de qualidade, à saúde e proteção social, tendo como foco a juventude e crianças.
Ela afirmou também que o Governo deve apostar na igualdade e oportunidades para os jovens para que o país tenha um crescimento sustentável e inclusivo.
“Olhar para a questão das desigualdades sobretudo económica onde o rendimento das pessoas não contribui para que as mesmas tenham uma vida digna e muitas vezes cria situações que conduzem os jovens para os maus caminhos. Investir nas pessoas, nos recursos humanos, na formação profissional, combater o alcoolismo, a droga e criar estratégias para os jovens em conflitos com a lei”, acrescentou.
De acordo com Golinski, a questão da Violência Baseada no Género (VBG) hoje em dia é muito mais debatida, falada, denunciada e deve ser combatida.
Por outro lado, disse, o abuso sexual de crianças e adolescentes é um fenómeno que sempre existiu, "mas esteve escondido por muito anos e hoje somos confrontados com vários casos”,
"São dois flagelos cujo combate o país tem como prioridade e devem ser tratados com cuidado e ter sempre em conta as vítimas, sobretudo as crianças", afirmou.
A responsável reconheceu que Cabo Verde tem um grande potencial jovem e não deve perder essa oportunidade, "uma vez que daqui a alguns anos vai ter necessidade de mão-de-obra qualificada exigente".
Para a coordenadora do SNU, o arquipélago tem agora um grande número de jovens e deve aproveitar o seu dividendo demográfico para criar e implementar medidas de igualdades e oportunidades para os jovens.
Sublinhou que o Governo e a sociedade civil devem dar continuidade ao plano de colaboração entre as Nações Unidas e o Estado para o período 2018/2022.
Ulrika Richarson Golinski disse que o trabalho desenvolvido durante a sua estada no arquipélago foi “muito positivo” e “produtivo”, uma vez que o Governo, em parceria com as Nações Unidas, conseguiu colocar em prática cerca de 40 instrumentos como políticas públicas, estratégias, planos nacionais e procedimentos legais que abrangeram os setores da saúde, da educação e da justiça social, entre outros.
Do seu ponto de vista, o Plano Estratégico Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva, o Plano de Ação Nacional de Prevenção e Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, o Plano Nacional de Ação para os Direitos Humanos e Cidadania, o Plano Setorial para a Educação, o Plano Nacional para a Igualdade e Equidade de Género e o Plano Estratégico para a Economia Azul são medidas com impactos sustentáveis e de longo prazo.
Por outro lado, afiançou que o sucesso e a implementação desses planos vai depender de como o país vai dar seguimento às mesmas, uma vez que são necessários o engajamento das instituições envolvidas e trabalhar a nível central, mas também descentralizado.
Ulrika Richardson-Golinski manifestou-se satisfeita com o trabalho que o arquipélago está a fazer para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Agenda 2030.
Ela reconheceu que Cabo Verde está a fazer um bom trabalho para alcançar essas metas, mas alertou que tudo dependerá da implementação do Plano Estratégico do Desenvolvimento Sustentável 2017-2021 (PEDS) que está alinhado aos ODS.
Considera que o PEDS terá de ser um “sistema sólido” de seguimento e com equipas de avaliação setoriais e multissetoriais a nível central e descentralizado.
“Com o PEDS, o Governo terá de dar seguimento, fazer a avaliação e análise continua com dados frequentes para se inteirar das medidas implementadas, saber onde e em que setores será necessário fazer o reforço e ajustes”, recomendou, realçando que o desenvolvimento de um país é um processo dinâmico e contínuo.
-0- PANA CS/IZ 20abril2018
“Para mim isso não é correto, nem o ideal. A convivência pacífica sem medo é muito importante para um país, e para isso será necessário um trabalho de prevenção e de respostas para as questões de segurança”, afirmou Ulrika Richarson Golinski.
A responsável onusina falava em declarações à agência cabo-verdiana de notícias (Inforpress), em jeito de balanço dos resultados do trabalho que desenvolveu ao longo dos cinco anos de missão que termina agora no arquipélago.
Ela considerou, a propósito, que o sistema de videovigilância, que o Governo vai implementar nos centros urbanos, não vai, por si só, resolver a questão da segurança.
Reconheceu que, nos últimos anos, o país recuperou a sua economia, mas salientou que este crescimento económico por si só não resolve o problema da pobreza, da desigualdade social, da inclusão social e muito menos da segurança.
No seu entender, para que esse crescimento seja sustentável e inclusivo, o Governo deve continuar a investir, reforçar e melhorar o acesso à educação de qualidade, à saúde e proteção social, tendo como foco a juventude e crianças.
Ela afirmou também que o Governo deve apostar na igualdade e oportunidades para os jovens para que o país tenha um crescimento sustentável e inclusivo.
“Olhar para a questão das desigualdades sobretudo económica onde o rendimento das pessoas não contribui para que as mesmas tenham uma vida digna e muitas vezes cria situações que conduzem os jovens para os maus caminhos. Investir nas pessoas, nos recursos humanos, na formação profissional, combater o alcoolismo, a droga e criar estratégias para os jovens em conflitos com a lei”, acrescentou.
De acordo com Golinski, a questão da Violência Baseada no Género (VBG) hoje em dia é muito mais debatida, falada, denunciada e deve ser combatida.
Por outro lado, disse, o abuso sexual de crianças e adolescentes é um fenómeno que sempre existiu, "mas esteve escondido por muito anos e hoje somos confrontados com vários casos”,
"São dois flagelos cujo combate o país tem como prioridade e devem ser tratados com cuidado e ter sempre em conta as vítimas, sobretudo as crianças", afirmou.
A responsável reconheceu que Cabo Verde tem um grande potencial jovem e não deve perder essa oportunidade, "uma vez que daqui a alguns anos vai ter necessidade de mão-de-obra qualificada exigente".
Para a coordenadora do SNU, o arquipélago tem agora um grande número de jovens e deve aproveitar o seu dividendo demográfico para criar e implementar medidas de igualdades e oportunidades para os jovens.
Sublinhou que o Governo e a sociedade civil devem dar continuidade ao plano de colaboração entre as Nações Unidas e o Estado para o período 2018/2022.
Ulrika Richarson Golinski disse que o trabalho desenvolvido durante a sua estada no arquipélago foi “muito positivo” e “produtivo”, uma vez que o Governo, em parceria com as Nações Unidas, conseguiu colocar em prática cerca de 40 instrumentos como políticas públicas, estratégias, planos nacionais e procedimentos legais que abrangeram os setores da saúde, da educação e da justiça social, entre outros.
Do seu ponto de vista, o Plano Estratégico Nacional de Saúde Sexual e Reprodutiva, o Plano de Ação Nacional de Prevenção e Combate à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, o Plano Nacional de Ação para os Direitos Humanos e Cidadania, o Plano Setorial para a Educação, o Plano Nacional para a Igualdade e Equidade de Género e o Plano Estratégico para a Economia Azul são medidas com impactos sustentáveis e de longo prazo.
Por outro lado, afiançou que o sucesso e a implementação desses planos vai depender de como o país vai dar seguimento às mesmas, uma vez que são necessários o engajamento das instituições envolvidas e trabalhar a nível central, mas também descentralizado.
Ulrika Richardson-Golinski manifestou-se satisfeita com o trabalho que o arquipélago está a fazer para atingir as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e Agenda 2030.
Ela reconheceu que Cabo Verde está a fazer um bom trabalho para alcançar essas metas, mas alertou que tudo dependerá da implementação do Plano Estratégico do Desenvolvimento Sustentável 2017-2021 (PEDS) que está alinhado aos ODS.
Considera que o PEDS terá de ser um “sistema sólido” de seguimento e com equipas de avaliação setoriais e multissetoriais a nível central e descentralizado.
“Com o PEDS, o Governo terá de dar seguimento, fazer a avaliação e análise continua com dados frequentes para se inteirar das medidas implementadas, saber onde e em que setores será necessário fazer o reforço e ajustes”, recomendou, realçando que o desenvolvimento de um país é um processo dinâmico e contínuo.
-0- PANA CS/IZ 20abril2018