Agência Panafricana de Notícias

Coordenador internacional do PNUD em Cabo Verde

Praia, Cabo Veerde (PANA) - O coordenador internacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) para a Iniciativa ART (Articulação das Redes Territoriais, GiovanniCameleri, encontra-se na cidade da Praia desde segunda-feira última para uma visita de trabalho a Cabo Verde, apurou a PANA de fonte segura.

Durante a sua visita, Cameleri vai reunir-se com as autoridades cabo-verdianas para as apoiar no tocante à implementação dum projeto para a Governação e Desenvolvimento Económico Local,

Ao longo da sua estadia, ele vai estabelecer contactos com instituições e atores do desenvolvimento locais com vista à finalização deste empreendimento estimado em cerca de cinco milhões de euros financiados pelo Luxemburgo.

A Iniciativa ART surgiu em 2004, quando o PNUD e diversas agências da Organização das Nações Unidas (ONU) firmaram um acordo para o lançamento desta ação que tem como objetivo a promoção de um novo unilateralismo, que facilite a articulação de agentes e políticas nos territórios.

“A ART concentra seus esforços, fundamentalmente, na promoção do desenvolvimento económico local e da governança multinível como condicionantes fundamentais para um desenvolvimento humano sustentável”, indica uma fonte ligada ao projeto.

Tudo isso, prossegue a fonte, porque o enfoque no desenvolvimento humano promovido pelo PNUD coloca as pessoas no centro do processo de desenvolvimento.

“Além disso, busca-se ampliar opções e oportunidades das pessoas, melhorando as capacidades humanas, a fim de que possam viver de forma saudável e condigna, com acesso à educação, saúde, moradia, tecnologia, inclusão social e igualdade de gênero”.

A ART reforça a parceria local, unindo um conjunto de agentes orçado em cinco milhões de euros.

Em declarações à imprensa, a diretora-geral da Descentralização e Administração Local de Cabo Verde, Francisca Santos, disse que, no caso de Cabo Verde, existe um entendimento de que “o desenvolvimento local não é apenas a responsabilidade dos Governos central ou local, pois, existem outros atores que têm responsabilidade sobre isto”.

Indicou que, numa primeira fase, vão ser feitas experiências nos municípios, sendo certo que os resultados têm de conduzir à redução da disparidade em termos de desenvolvimento do país, estando já em cima da mesa um estudo sobre critérios.

Neste âmbito, Francisca Santos aponta como parceiros para a implementação do projecto a sociedade civil, os privados e as universidades.

Por isso, sublinhou que a intenção do Governo é que haja uma estrutura de articulação e coordenação para que a intervenção dos diferentes atores, sem porem em causa o protagonismo de cada um, convirja para um único objetivo que é o desenvolvimento do território.

“Neste momento, estamos na fase do desenho do projeto, mas queremos que o arranque seja em 2016 para um período inicial de três anos. Depois serão feitos reajustes em função do que for a experiência da sua implementação”, precisou.

-0- PANA CS/DD 14jul2015