PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Contestatários anglófonos nos Camarões condenados a penas de prisão
Yaoundé, Camarões (PANA) – O Tribunal Militar de Yaoundé condenou, neste fim de semana, sete líderes da contestação anglófona nos Camarões, dos quais os jornalistas Awah Thomas e Mancho Bibixi, a penas de 10 a 15 anos de prisão e multa de 268 milhões de francos CFA (476 mil 241dólares americanos).
Encarcerados na cadeia central de Nkodenguui, em Yaoundé, os ativistas foram condenados por "atos de terrorismo e hostilidade contra a pátria, propagação de notícias falsas, secessionismo, destruição de bens públicos, porte ilegal de armas, revolução, falta de documentos de identidade e insurreição", segundo o Tribunal Militar de Yaoundé.
Tsi Conrad e Mancho Bibixi foram condenados cada a 15 anos de prisão efetiva, Tamgwa Malvin, Aselech Martin, Tha Emile Agwei devem cumprir 13 anos de prisão, enquanto Awah Thomas e Guingha Valentine ficaram respetivamente com 11 e 10 anos de prisão efetiva.
Os coacusados deverão, além disso, pagar solidariamente uma multa de 268 milhões de francos CFA ao Estado e à parte queixosa e 31 milhões 700 mil francos CFA (56 mil 331 dólares americanos) de custas.
O advogado Claude Assira, que defendeu Mancho Bibixi « BBC », prometeu interpor recurso porque, segundo ele, a decisão é "excessiva é inútil pois ela não vai resolver o problema”.
Os líderes da contestação anglófona foram detidos em janeiro de 2017 com mais de uma centena de outros ativistas após uma crise desencadeada, em novembro de 2016, pelos sindicatos, por advogados e docentes e que, até ao presente, afeta gravemente as províncias anglófonas do noroeste e do sudoeste do país.
No início da crise, os manifestantes que também reclamavam por um Estado Federal atacaram alguns símbolos do Estado, nomeadamente esquadras da Polícia, Gendarmaria, escolas, delegações regionais dos ministérios, palácio da justiça e os bens de pessoas privadas.
Mas há alguns meses, os separatistas começaram a raptar funcionários, deputados locais, homens da igreja, francófonos e mesmo estrangeiros alguns dos quais literalmente assassinados.
Face a esta escalada da violência, as autoridades camaronesas militarizaram fortemente as duas províncias anglófonas do país, desdobrando um importante dispositivo de segurança.
Segundo o Grupo internacional contra a Crise (ICG), pelo menos 120 civis e 43 membros das forças de segurança morreram desde o fim de 2016.
Por outro lado, devido a esta crise, mais de 34 mil pessoas, essencialmente mulheres, crianças e idosos, fugiram para a Nigéria, indicou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em janeiro último.
-0- PANA EB/IS/SOC/FK/IZ 27maio2018
Encarcerados na cadeia central de Nkodenguui, em Yaoundé, os ativistas foram condenados por "atos de terrorismo e hostilidade contra a pátria, propagação de notícias falsas, secessionismo, destruição de bens públicos, porte ilegal de armas, revolução, falta de documentos de identidade e insurreição", segundo o Tribunal Militar de Yaoundé.
Tsi Conrad e Mancho Bibixi foram condenados cada a 15 anos de prisão efetiva, Tamgwa Malvin, Aselech Martin, Tha Emile Agwei devem cumprir 13 anos de prisão, enquanto Awah Thomas e Guingha Valentine ficaram respetivamente com 11 e 10 anos de prisão efetiva.
Os coacusados deverão, além disso, pagar solidariamente uma multa de 268 milhões de francos CFA ao Estado e à parte queixosa e 31 milhões 700 mil francos CFA (56 mil 331 dólares americanos) de custas.
O advogado Claude Assira, que defendeu Mancho Bibixi « BBC », prometeu interpor recurso porque, segundo ele, a decisão é "excessiva é inútil pois ela não vai resolver o problema”.
Os líderes da contestação anglófona foram detidos em janeiro de 2017 com mais de uma centena de outros ativistas após uma crise desencadeada, em novembro de 2016, pelos sindicatos, por advogados e docentes e que, até ao presente, afeta gravemente as províncias anglófonas do noroeste e do sudoeste do país.
No início da crise, os manifestantes que também reclamavam por um Estado Federal atacaram alguns símbolos do Estado, nomeadamente esquadras da Polícia, Gendarmaria, escolas, delegações regionais dos ministérios, palácio da justiça e os bens de pessoas privadas.
Mas há alguns meses, os separatistas começaram a raptar funcionários, deputados locais, homens da igreja, francófonos e mesmo estrangeiros alguns dos quais literalmente assassinados.
Face a esta escalada da violência, as autoridades camaronesas militarizaram fortemente as duas províncias anglófonas do país, desdobrando um importante dispositivo de segurança.
Segundo o Grupo internacional contra a Crise (ICG), pelo menos 120 civis e 43 membros das forças de segurança morreram desde o fim de 2016.
Por outro lado, devido a esta crise, mais de 34 mil pessoas, essencialmente mulheres, crianças e idosos, fugiram para a Nigéria, indicou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), em janeiro último.
-0- PANA EB/IS/SOC/FK/IZ 27maio2018