Agência Panafricana de Notícias

Consultas prosseguem para formar governo na Líbia

Tripoli, Líbia (PANA) – As consultas para a formação dum Governo de largo consenso nacional para gerir o período de transição na Líbia prosseguem na sequência da declaração de libertação total da Líbia.

Este Governo será formado, segundo o Presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mustapha Abdeljelil, num período não superior a duas semanas.

O atual Governo, que está a tratar dos assuntos correntes é presidido por Mahmou Djibril, que já anununciou que não fará parte do próximo gabinete.

A atual equipa, dissolvida na sequência do assassinato do então chefe do Estado-Maior do CNT, Abdelfetah Younes, em julho último, foi depois reconduzida com uma ligeira remodelação, devido a divergências e à correlação de forças entre as diferentes correntes políticas da antiga rebelião, nomeadamente os islamitas e os partidários da instituição dum Estado civil.

Vários observadores não escondem as suas inquietudes de ver estas divergências ressurgir e, como em agosto último, atrasar a formação dum novo Governo.

No entanto, a onda de euforia que dominou o povo líbio após a morte do coronel Muamar Kadafi bem como a vontade de reconciliação que prevaleceu no seio das novas autoridades deixam pressagiar que as dificuldades poderão ser ultrapassadas, transcendendo os interesses particulares para prevalecer apenas o interesse geral.

É o que ressalta da maioria das declarações dos atores da cena política líbia que dizem ser condenados a exitar na transição política a fim de dar garantias de credibilidade à comunidade internacional, nomeadamente os seus aliados ocidentais e os países vizinhos.

Este espírito esteve presente nas declarações do presidente do CNT durante a cerimónia de proclamação da «libertação total do território líbio », apelando aos seus compatriotas para cada vez mais paciência, tolerância e rejeitar qualquer espírito de vingança e de ódio.

O regresso à estabilidade no país a fim de iniciar o período interino e realizar o processo político que deverá culminar num prazo de 20 meses necessita do apaziguamento dos espíritos, segundo os analistas.

Com efeito, a fase de reconstrução do país com as enormes obras que serão abertas no país e cuja execução será confiada a empresas estrangeiras exige a estabilidade para garantir o regresso das empresas estrangeiras.

Assim, o CNT fixou-se como prioridade a restauração da segurança e da estabilidade com a erradicação do fenómeno da circulação das armas entre as populações.

-0- PANA BY/JSG/IBA/FK/IZ 26out2011