Consórcio luso-cabo-verdiano vence concurso para construir terminal de cruzeiros em Mindelo
Praia, Cabo Verde (PANA) – Um consórcio luso-cabo-verdiano, constituído pelas empresas Mota-Engil e Empreitel Figueiredo, venceu um concurso para a construção do Terminal de Cruzeiros do Mindelo, na ilha de São Vicente, uma das maiores obras públicas dos últimos anos no país, apurou a PANA de fonte segura.
Num comunicado publicado quarta-feira! a Empresa Nacional de Portos (Enapor) informou que, como não se registou nenhuma objeção dos financiadores do projeto, a assinatura do contrato com o empreiteiro selecionado decorrerá nos próximos dias.
Adiantou que a obra será adjudicada por 26 milhões 483 mil 603 euros e tem um prazo estimado, para conclusão, de 22 meses.
"Os trabalhos vão envolver a conquista de um terrapleno, denominada 'Ponte Terrestre', com dois mil 700 metros quadrados, a dragagem de aproximadamente 124 mil metros cúbicos na bacia portuária e no canal de acesso, e a reabilitação do cais nove, que passará a servir navios de recreio de pequeno porte", lê-se no documento.
A sua "componente mais importante" envolve ainda a construção de um molhe de atracação de 400 metros de comprimento, com uma profundidade de 11 metros a norte e nove metros a sul, bem como uma gare de passageiros com 900 metros quadrados de área e respetivo ordenamento exterior, incluindo um parque de estacionamento.
"Com este projeto, Mindelo terá um terminal de cruzeiros inovador, moderno e com características técnicas bastante avançadas", afirma a Enapor.
Cerca de 48 mil 500 turistas em viagens de cruzeiro visitaram Cabo Verde em 2019, ou seja, um aumento de três por cento, face ao ano de 2018.
Devido à pandemia da covid-19, o turismo de navios de cruzeiro ficou paralisado, mas alguns países já retomaram, de forma gradual, a atividade "e espera-se que, com a construção do Terminal de Cruzeiros do Mindelo e a melhoria das condições sanitárias a nível mundial, o país passe a receber anualmente cerca de 200 mil turistas de cruzeiros".
Esta obra é co-financiada pelo Fundo ORIO, dos Países Baixos, e pelo Fundo OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) para o Desenvolvimento Internacional.
-0- PANA CS/DD 15abril2021