PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Conselho de Segurança insta Guiné Bissau a ir às eleições
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) instou a Guiné- Bissau e a comunidade internacional a esforçarem-se para organizar eleições que não param de ser adiadas.
Num comunicado divulgado quinta-feira, no termo duma reunião sobre a Guiné-Bissau, o CS da ONU reiterou a sua vontade de aplicar sanções direcionadas para pessoas civis e militares que minarem os esforços visando restabelecer a ordem constitucional no país.
Manifestou-se preocupado com os múltiplos adiamentos das eleições legislativas e presidenciais, a que se junta o último para 13 de abril em vez de 16 de março próximo, segundo um decreto assinado pelo Presidente interino deste país, Manuel Serifo Nhamadjo.
"Estes adiamentos têm um impacto negativo no bem-estar social e económico do país e na já frágil segurança, na situação humanitária e nos direitos humanos na Guiné-Bissau", sublinhou o comunicado.
Por conseguinte, ele instou as autoridades encarregues do período de transição a criarem um ambiente propício à participação "protegida, plena e igual" de todos os atores, incluindo mulheres.
Condenou a violência neste país que "contribuiu para criar uma psicose de medo e de intimidação no seio da população", reiterando a sua preocupação pela cultura da impunidade e da ausência de prestação de contas no país.
Por esta razão, o CS apelou todas as partes abrangidas, incluindo os partidos políticos, as forças de defesa e de segurança, organizações da sociedade civil e sobas "a absterem-se de qualquer ação que possa entravar o processo eleitoral para facilitar a organização de eleições livres, pacíficas e credíveis e o respeito pelos resultados das mesmas como uma expressão da vontade do povo".
Ele convidou os soldados a respeitarem a ordem constitucional, incluindo o processo eleitoral, e "submeterem-se plenamente ao controlo dos civis".
Durante esta reunião do C S, o representante especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos Horta, aconselhou às forças de defesa e de segurança a não se ingerirem nas próximas eleições e protegerem os candidatos.
Num videoconferência, Ramos Horta, também chefe da missão política das Nações Unidas na Guiné Bissau (UNIOGBIS), lançou um apelo a favor dum apoio internacional acrescido ao país depois das eleições.
No seu relatório, o presidente da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas na Guiné-Bissau, o embaixador António de Aguiar Patriota do Brasil, sublinhou que o impacto da instabilidade política na economia do país é "devastador".
Disse ter notado "um sentimento geral de aborrecimento no país".
Patriota associou-se ao apelo de Ramos Horta a favor da ajuda internacional depois do escrutínio.
Defendeu uma abordagem de três vertentes que integre a modernização do setor da segurança.
Segundo ele, a criminalidade internacional e o tráfico de droga continuam a ser as preocupações maiores com a nova ameaça que fazem pairar no país licenças irregulares de pesca e de exploração florestal.
A ordem constitucional ainda não foi restabelecida na Guiné- Bissau que sai dificilmente dum golpe de Estado ocorrido em abril de 2012.
De facto, soldados fiéis ao general António Injai (então chefe de Estado-Maior do Exército) derrubaram o então Governo de Carlos Gomes Júnior antes da segunda volta do escrutínio que, segundo expetativas, iam ser ganhas por este último.
-0- PANA AA/VAO/ASA/IS/SOC/MAR/DD 28fevereiro2014
Num comunicado divulgado quinta-feira, no termo duma reunião sobre a Guiné-Bissau, o CS da ONU reiterou a sua vontade de aplicar sanções direcionadas para pessoas civis e militares que minarem os esforços visando restabelecer a ordem constitucional no país.
Manifestou-se preocupado com os múltiplos adiamentos das eleições legislativas e presidenciais, a que se junta o último para 13 de abril em vez de 16 de março próximo, segundo um decreto assinado pelo Presidente interino deste país, Manuel Serifo Nhamadjo.
"Estes adiamentos têm um impacto negativo no bem-estar social e económico do país e na já frágil segurança, na situação humanitária e nos direitos humanos na Guiné-Bissau", sublinhou o comunicado.
Por conseguinte, ele instou as autoridades encarregues do período de transição a criarem um ambiente propício à participação "protegida, plena e igual" de todos os atores, incluindo mulheres.
Condenou a violência neste país que "contribuiu para criar uma psicose de medo e de intimidação no seio da população", reiterando a sua preocupação pela cultura da impunidade e da ausência de prestação de contas no país.
Por esta razão, o CS apelou todas as partes abrangidas, incluindo os partidos políticos, as forças de defesa e de segurança, organizações da sociedade civil e sobas "a absterem-se de qualquer ação que possa entravar o processo eleitoral para facilitar a organização de eleições livres, pacíficas e credíveis e o respeito pelos resultados das mesmas como uma expressão da vontade do povo".
Ele convidou os soldados a respeitarem a ordem constitucional, incluindo o processo eleitoral, e "submeterem-se plenamente ao controlo dos civis".
Durante esta reunião do C S, o representante especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos Horta, aconselhou às forças de defesa e de segurança a não se ingerirem nas próximas eleições e protegerem os candidatos.
Num videoconferência, Ramos Horta, também chefe da missão política das Nações Unidas na Guiné Bissau (UNIOGBIS), lançou um apelo a favor dum apoio internacional acrescido ao país depois das eleições.
No seu relatório, o presidente da Comissão de Consolidação da Paz das Nações Unidas na Guiné-Bissau, o embaixador António de Aguiar Patriota do Brasil, sublinhou que o impacto da instabilidade política na economia do país é "devastador".
Disse ter notado "um sentimento geral de aborrecimento no país".
Patriota associou-se ao apelo de Ramos Horta a favor da ajuda internacional depois do escrutínio.
Defendeu uma abordagem de três vertentes que integre a modernização do setor da segurança.
Segundo ele, a criminalidade internacional e o tráfico de droga continuam a ser as preocupações maiores com a nova ameaça que fazem pairar no país licenças irregulares de pesca e de exploração florestal.
A ordem constitucional ainda não foi restabelecida na Guiné- Bissau que sai dificilmente dum golpe de Estado ocorrido em abril de 2012.
De facto, soldados fiéis ao general António Injai (então chefe de Estado-Maior do Exército) derrubaram o então Governo de Carlos Gomes Júnior antes da segunda volta do escrutínio que, segundo expetativas, iam ser ganhas por este último.
-0- PANA AA/VAO/ASA/IS/SOC/MAR/DD 28fevereiro2014