Agência Panafricana de Notícias

Conselho de Segurança das Nações Unidas exorta partidos da Guiné-Bissau ao diálogo

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Conselho de Segurança das Nações Unidas exortou os partidos políticos da Guiné-Bissau ao diálogo antes da segunda volta das eleições presidenciais de 22 de abril corrente para garantir a conclusão pacífica do escrutínio iniciado em março e a fazer tudo para manter a unidade e a estabilidade no país.

"Os membros do Conselho de Segurança apelaram a todos os dirigentes políticos e aos seus apoiantes à calma e a abster-se de qualquer ação suscetível de entravar o processo eleitoral", declarou sábado num comunicado o embaixador do Reino Unido, Mark Lyall Grant, que assegura a presidência rotativa do Conselho para o mês de março.

O Conselho apelou igualmente ás partes a resolver os seus diferendos em conformidade com a Constituição e com os instrumentos jurídicos enunciados pela União Africana (UA) e pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Ele saudou o bom desenrolamento da primeira volta das eleições presidenciais, felicitou o povo da Guiné-Bissau pela sua participação pacífica no processo democrático e sublinhou a necessidade de terminar este escrutínio.

O Conselho notou que com uma boa organização das eleições, o novo Governo será capaz de lidar com as questões prioritárias no país como o tráfico de droga, a reforma do setor da segurança, a desmobilização do Exército e da Polícia e o avanço do processo de reconciliação nacional.

Ele exortou igualmente as autoridades nacionais da Guiné-Bissau "a continuar a atacar-se aos problemas de segurança que conhece o país, sublinhando a vontade da Organização das Nações Unidas, bem como da comunidade internacional, a continuar o seu apoio às autoridades nacionais da Guiné-Bissau para atingir estes objetivos".

Ele insistiu, além disso, na necessidade para as autoridades nacionais da Guiné-Bissau de julgar os responsáveis pelos actos de violência ligados às eleições e reiterou que o Governo tem a responsabilidade de assegurar a segurança da sua população e de criar uma atmosfera propícia à condução pacífica das eleições.

A Guiné-Bissau entrou em transição política desde a morte em janeiro do Presidente Malam Bacai Sanhá, que levou à organização duma eleição pacífica cuja primeira volta decorreu a 18 de março.

Uma segunda volta, prevista para 22 de abril, vai opor o antigo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, que obteve 49 porcento dos votos na primeira volta, ao ex-Presidente Kumba Yala, que totalizou 23 porcento e apelou para a anulação da primeira volta alegando fraudes.

-0- PANA AA/SEG/ASA/SSB/MAR/TON 1abril2012