PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Conselho de Segurança da ONU condena golpe de Estado na Guiné-Bissau
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) condenou vivamente o golpe de Estado levado a cabo quinta-feira última por elementos das Forças Armadas na Guiné-Bissau e pediu o restabelecimento imediato da ordem constitucional.
Num comunicado recebido sexta-feira à noite em Nova Iorque pela PANA, o CS da ONU condenou firmemente este golpe de Estado.
Ele apelou aos autores desta intentona para garantirem a segurança do Presidente interino Raimundo Pereira, do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e de todos os outros altos responsáveis atualmente detidos, exigindo ao mesmo tempo a sua libertação imediata.
O CS da ONU exigiu igualmente "a restauração imediata da ordem constitucional e do Governo legítimo para permitir a conclusão do processo eleitoral em curso, incluindo as eleições legislativas".
A Guiné-Bissau é um dos seis países, com o Burundi, a Serra Leoa, a República Centroafricana (RCA), a Libéria e a Guiné-Conakry,que figuram na agenda da Comissão da ONU para a construção da paz, criada em 2005 para ajudar os países que saem de conflitos a realizarem uma transição irreversível da guerra para uma paz duradoura.
A presidente da Comissão de Consolidação da Paz para a Guiné Bissau, a embaixadora Luisa Maria Viotti, do Brasil, condenou igualmente a tomada do poder pela força e exortou os golpistas a garantirem a segurança das autoridades civis do país.
"Exorto as Forças Armadas a voltarem às casernas e a libertarem todos os que elas mantêm detidos. Apelo igualmente às Forças Armadas, aos líderes políticos e ao povo da Guiné-Bissau para ficarem calmos, dando prova de moderação, preservando a estabilidade e respeitando a ordem constitucional e o processo democrático”, disse Viotti.
Ela convidou todas as partes a resolverem o seu diferendo por vias políticas e pacíficas no quadro das instituiçõs democráticas da Guiné-Bissau.
O Secretariado das Nações Unidas está em consulta estreita sobre a situação na Guiné-Bissau, onde estão presentes o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau, Joseph Mutaboboa, e uma equipa onusina.
Mutaboba é o chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), criado em 2009 pelo CS para promover a estabilidade no país.
Efetivamente, soldados tomaram o poder quinta-feira última à noite, tirando assim do poder o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
O golpe de Estado foi organizado na véspera da segunda volta das eleições presidenciais previstas para abril entre Carlos Gomes Júnior e o ex-Presidente da República, Kumba Yala.
A história da Guiné-Bissau é marcada por golpes de Estado, pela má governação e pela instabilidade política desde a sua ascensão à independência de Portugal no início dos anos 1970.
-0- PANA AA/MA/NFB/JSG/SOC/MAR/DD 15abril2012
Num comunicado recebido sexta-feira à noite em Nova Iorque pela PANA, o CS da ONU condenou firmemente este golpe de Estado.
Ele apelou aos autores desta intentona para garantirem a segurança do Presidente interino Raimundo Pereira, do primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior e de todos os outros altos responsáveis atualmente detidos, exigindo ao mesmo tempo a sua libertação imediata.
O CS da ONU exigiu igualmente "a restauração imediata da ordem constitucional e do Governo legítimo para permitir a conclusão do processo eleitoral em curso, incluindo as eleições legislativas".
A Guiné-Bissau é um dos seis países, com o Burundi, a Serra Leoa, a República Centroafricana (RCA), a Libéria e a Guiné-Conakry,que figuram na agenda da Comissão da ONU para a construção da paz, criada em 2005 para ajudar os países que saem de conflitos a realizarem uma transição irreversível da guerra para uma paz duradoura.
A presidente da Comissão de Consolidação da Paz para a Guiné Bissau, a embaixadora Luisa Maria Viotti, do Brasil, condenou igualmente a tomada do poder pela força e exortou os golpistas a garantirem a segurança das autoridades civis do país.
"Exorto as Forças Armadas a voltarem às casernas e a libertarem todos os que elas mantêm detidos. Apelo igualmente às Forças Armadas, aos líderes políticos e ao povo da Guiné-Bissau para ficarem calmos, dando prova de moderação, preservando a estabilidade e respeitando a ordem constitucional e o processo democrático”, disse Viotti.
Ela convidou todas as partes a resolverem o seu diferendo por vias políticas e pacíficas no quadro das instituiçõs democráticas da Guiné-Bissau.
O Secretariado das Nações Unidas está em consulta estreita sobre a situação na Guiné-Bissau, onde estão presentes o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau, Joseph Mutaboboa, e uma equipa onusina.
Mutaboba é o chefe do Escritório Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNIOGBIS), criado em 2009 pelo CS para promover a estabilidade no país.
Efetivamente, soldados tomaram o poder quinta-feira última à noite, tirando assim do poder o Presidente interino, Raimundo Pereira, e o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior.
O golpe de Estado foi organizado na véspera da segunda volta das eleições presidenciais previstas para abril entre Carlos Gomes Júnior e o ex-Presidente da República, Kumba Yala.
A história da Guiné-Bissau é marcada por golpes de Estado, pela má governação e pela instabilidade política desde a sua ascensão à independência de Portugal no início dos anos 1970.
-0- PANA AA/MA/NFB/JSG/SOC/MAR/DD 15abril2012