Conselheiro de Segurança do Presidente tunisino pede demissão
Túnis, Tunísia (PANA) – O general reformado Mohamed Salah Hamdi, conselheiro para a Segurança do Presidente tunisino, anunciou quarta-feira a sua demissão, através da sua conta Facebook.
Dando as razões que o levaram a demitir-se e deixar a Presidência, o general Hamdi declarou que “tornei-me num conselheiro que se não consulta”.
"Deploro ter anunciado eu próprio a minha demissão como primeiro conselheiro para a Segurança do Presidente, depois de ter esperado 15 dias, por respeito à instituição presidencial, porque pedi, pela primeira vez, a minha demissão a 10 de março de 2020, antes de a retirar a 16 do mesmo mês. Na ausência de um comunicado oficial, encontrei-me com o Presidente Kais Saied para o informar da minha saída da Presidência da República”, escreveu.
Depois de ter garantido que a sua relação com o Presidente da República era exemplar e baseada no respeito mútuo, o general Hamdi deplorou o seu isolamento pelos próximos de Kais Saied, desde as últimas mudanças a nível do gabinete presidencial.
"Atividades que estavam no centro da minha função tratavam-se sem que eu fosse associado. Sou informado no último momento, e às vezes pela imprensa”, acrescentou.
"Como explicar, por exemplo, a minha ausência na audiência consagrada à demissão do ministro do Interior e da Defesa, ou ainda a minha ausência quando a ministra da Saúde interina foi convocada na Presidência no início da propagação do novo coronavírus?", interregou-se, afirmando que informou o Presidente sobre estas práticas.
O general Hamdi explicou que se demitiu porque não aceitou delegar os seus poderes a quem quer que fosse, afirmando que não está pronto para aceitar que seja descartado das suas prerrogativas e que se contorne o seu parecer em várias questões ligadas à segurança nacional.
-0- PANA YY/IN/JSG/SOC/MAR/IZ 02abril2020
