Agência Panafricana de Notícias

Congoleses chamados a ficar calmos na véspera de eleições presidenciais

Brazzaville- Congo (PANA) -- Os membros da direcção de campanha do chefe de Estado congolês, Denis Sassou Nguesso, instaram domingo em Brazzaville os congoleses a ficarem calmos paa não ceder a incitações à sedição por "alguns homens políticos que tencionam criar um clima de psicose" antes das eleições presidenciais de 12 de Julho corrente.
"Pedimos-lhes para serem calmos e não terem medo após as declarações dos homens políticos irresponsáveis e que têm uma memória curta", lançou o ministro congolês do Ensino Superior, Henri Ossébi, igualmente chefe de departamento político para a direcção de campanha de Sassou Nguesso (chefe do Estado).
O governante congolês denunciou o comportamento de alguns homens, "candidatos às eleições presidenciais ou não, que se ilustram com declarações belicistas, sediciosas, perigosas e falsas susceptíveis de criar um clima de psicose e pôr em causa o clima de paz".
Há cerca de uma semana, alguns habitantes de Brazzaville (capital do país) estão a ir a Ponta-Negra (capital económica do país, no sul) e ao interior do país, receando violências durante estas eleições presidenciais de 12 de Julho próximo.
Quarta-feira última, o líder do Partido para a Alternância Democrática (PAD), Emmanuel Ngouélondélé, não candidato, apelou aos seus compatriotas para organizarem "marchas pacíficas em todo o país" a fim de reclamar por um escrutínio livre e transparente.
Durante uma conferência de imprensa, Ngouélondélé afirmou que um certo candidato tinha "as provas" e já as tinha "corrigidas" em alusão ao Presidente cessante Denis Sassou Nguesso, que disputa um novo mandato de sete anos.
"As eleições presidenciais realizar-se-ão a 12 de Julho em paz e tranquilidade", garantiu Ossébi, sublinhando que 15 guardas devem garantir a segurança de cada um dos 13 candidatos.
No total, 20 mil agentes da força pública serão desdobrados em todo o território congolês para garantir a segurança da operação de voto.
Do seu lado, o presidente da Assembleia Nacional, Justin Koumba, instou o povo congolês a ter a consciência e responsabilidade para preservar o clima de paz no país com vista às eleições presidenciais apaziguadas.
"Cabe-nos consolidar este clima de paz nas nossas respectivas circunscrições eleitorais antes, durante e após as eleições presidenciais.
Todos os observadores atentos à vida nacional do nosso país são testemunhas do milagre da ressureição dum povo que, após os terrores das duas guerras civis destruidoras, decidiu forjar o seu destino através da unidade nacional e manutenção da paz em todo o território nacional e envidar esforços para o desenvolvimento socioeconómico", declarou Koumba.
A oposição contesta sempre a imparcialidade da Comissão Nacional de Organização das Eleições (CONEL), incumbida de organizar o escrutínio presidencial tão almejada.