Agência Panafricana de Notícias

Congo acolhe fórum de povos autóctones da África Central

Brazzaville- Congo (PANA) -- A segunda edição do Fórum Internacional dos Povos Autóctones da África Central (FIPAC 2) realizar-se-á na cidade de Impfondo, no departamento de Likouala, no norte do Congo, de 13 a 16 de Abril próximo.
O anunciou foi feito quarta-feira em Brazzaville pelo ministro congolês do Desenvolvimento Sustentável, Economia Florestal e Ambiente, Henri Djombo.
"O objectivo geral deste segundo fórum é elaborar e adoptar um plano de acção para a protecção dos direitos e a emancipação dos povos autóctones da África Central", indicou Djombo.
O Fórum será conjuntamente organizado pela Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), pela Comissão das Florestas da África Central (COMIFAC), pelos parceiros para o desenvolvimento e pelo Governo congolês, principal doadores de fundos.
O segundo FIPAC agrupará, sob o lema "Direitos dos Povos Autóctones e Dinâmicas de Conservação da Biodiversidade na Bacia do Congo", 500 representantes dos Governos, das populações autóctones, das instituições internacionais e da sociedade civil.
Ele visa igualmente o envolvimento dos povos autóctones na conservação e na gestão sustentável dos ecossistemas florestais da África Central, disse o governante congolês.
"A segunda edição do FIPAC é um evento importante para a imagem do Congo e da nossa sub-região.
Ela realizar-se-á este ano consagrado pelas Nações Unidas como Ano Internacional da Biodiversidade", sublinhou o governante congolês.
A primeira edição do FIPAC decorreu de 10 a 15 de Abril de 2007, igualmente, em Impfondo.
O objectivo da sua organização pelo Governo congolês é não apenas corrigir as desigualdades entre os autóctones e os Bantus, mas igualmente fazer desaparecer as divergências muitas vezes observadas entre estes dois povos, indicou o responsável congolês.
Segundo estatísticas de 2002, os povos autóctones representam cerca de 10 porcento da população congolesa, estimada em quatro milhões de habitantes.
As maiores comunidades residem nos departamentos de Sangha e de Likouala, no extremo-norte do Congo.