PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Confrontos entre seita e forças da ordem prosseguem na Nigéria
Lagos- Nigéria (PANA) -- Os soldados do Exército nigeriano perseguiam quinta-feira os membros da seita radical islamita "Boko Haram", em Maiduguri, capital do Estado de Borno (norte), mas o seu líder, Mohammed Yusuf, teria escapado com alguns fiéis.
Graças a um reforço de mil tropas que vieram do Estado de Cross River (sul), os soldados fortemente armados bombardearam toda a noite o enclave do líder da seita, fazendo vários mortos entre os seus membros.
Segundo testemunhas oculares, corpos podiam ser vistos nos edifícios do enclave da seita, enquanto soldados procuravam o líder radical na cidade, epicentro dos confrontos iniciados domingo último, após um ataque da seita contra uma Esquadra da Polícia no Estado de Bauchi.
"Vi vários corpos dos membros da seita espalhados pelo chão do seu enclave.
Mas eu não posso contá-los, é pavoroso", relatou Mohammed Sani, um habitante do bairro.
A violência propagou-se, depois em três outros Estados (Yobe, Kano e Borno) ao passo que membros da seita foram igualmente detidos ou atacados em duas outras localidades, Katsina e Jigawa.
O Presidente nigeriano Umaru Yar'Adua, que ordenou ao Exército para dizimar a seita, afirmou que esta última estava engajada numa guerra santa.
Os analistas estimam, por seu turno, que este grupo Talibã nigeriano quer instaurar uma aplicação estrita da charia (lei islâmica) no norte da Nigéria de maioria muçulmana.
Por outro lado, o partido da oposição Congresso para a Acção (AC) denunciou a visita oficial que o Presidente efectua actualmente ao Brasil, enquanto o país é assolado por esta crise.
Porém, o número das vítimas continua desconhecido pois nenhuma cifra oficial foi dada pelas autoridades.
No entanto, a imprensa local informou quinta-feira que pelo menos 300 pessoas foram mortas, apenas em Borno.
Com os 50 mortos do Estado de Bauchi e os mais de 40 em Yobe, o balanço total é agora de mais de 400 pessoas mortas.
Em Yobe, os corpos das pessoas abatidas foram transportados de camião para a sede da Polícia em Damaturua, a capital do Estado.
A maioria das vítimas tinham longas barbas, um par de calções e um casaco e uma fita preta atada sobre as suas cabeças.
A situação é tão catastrófica em Maiduguri que a morgue do hospital universitário, duma capacidade de 500 lugares transbordou, com corpos espalhados pelo chão por falta de espaço, noticiou a imprensa local.
As autoridades locais afirmam que mil pessoas, das quais mulheres e crianças, foram deslocadas quarta-feira pelos confrontos em Maiduguri, o que eleva o número total de deslocados para pelo menos quatro mil indivíduos.
O porta-voz da Agência Nacional de Gestão das Situações de Emergência (NEMA), Apollus Jedi, pediu ao Governo do Estado de Borno para ajudar os deslocados que, na sua maioria, se refugiaram nas casernas do Exército e da Polícia.
Segundo a Polícia, cerca de 180 mulheres e crianças, que foram raptadas pela seita em Bauchi e transferidas para Borno, foram libertadas e seriam "repatriadas" para Bauchi.
Graças a um reforço de mil tropas que vieram do Estado de Cross River (sul), os soldados fortemente armados bombardearam toda a noite o enclave do líder da seita, fazendo vários mortos entre os seus membros.
Segundo testemunhas oculares, corpos podiam ser vistos nos edifícios do enclave da seita, enquanto soldados procuravam o líder radical na cidade, epicentro dos confrontos iniciados domingo último, após um ataque da seita contra uma Esquadra da Polícia no Estado de Bauchi.
"Vi vários corpos dos membros da seita espalhados pelo chão do seu enclave.
Mas eu não posso contá-los, é pavoroso", relatou Mohammed Sani, um habitante do bairro.
A violência propagou-se, depois em três outros Estados (Yobe, Kano e Borno) ao passo que membros da seita foram igualmente detidos ou atacados em duas outras localidades, Katsina e Jigawa.
O Presidente nigeriano Umaru Yar'Adua, que ordenou ao Exército para dizimar a seita, afirmou que esta última estava engajada numa guerra santa.
Os analistas estimam, por seu turno, que este grupo Talibã nigeriano quer instaurar uma aplicação estrita da charia (lei islâmica) no norte da Nigéria de maioria muçulmana.
Por outro lado, o partido da oposição Congresso para a Acção (AC) denunciou a visita oficial que o Presidente efectua actualmente ao Brasil, enquanto o país é assolado por esta crise.
Porém, o número das vítimas continua desconhecido pois nenhuma cifra oficial foi dada pelas autoridades.
No entanto, a imprensa local informou quinta-feira que pelo menos 300 pessoas foram mortas, apenas em Borno.
Com os 50 mortos do Estado de Bauchi e os mais de 40 em Yobe, o balanço total é agora de mais de 400 pessoas mortas.
Em Yobe, os corpos das pessoas abatidas foram transportados de camião para a sede da Polícia em Damaturua, a capital do Estado.
A maioria das vítimas tinham longas barbas, um par de calções e um casaco e uma fita preta atada sobre as suas cabeças.
A situação é tão catastrófica em Maiduguri que a morgue do hospital universitário, duma capacidade de 500 lugares transbordou, com corpos espalhados pelo chão por falta de espaço, noticiou a imprensa local.
As autoridades locais afirmam que mil pessoas, das quais mulheres e crianças, foram deslocadas quarta-feira pelos confrontos em Maiduguri, o que eleva o número total de deslocados para pelo menos quatro mil indivíduos.
O porta-voz da Agência Nacional de Gestão das Situações de Emergência (NEMA), Apollus Jedi, pediu ao Governo do Estado de Borno para ajudar os deslocados que, na sua maioria, se refugiaram nas casernas do Exército e da Polícia.
Segundo a Polícia, cerca de 180 mulheres e crianças, que foram raptadas pela seita em Bauchi e transferidas para Borno, foram libertadas e seriam "repatriadas" para Bauchi.