Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O secretário-geral suspenso do Congresso Nacional Africano (ANC, partido no poder), Ace Magashule, e o ex-Presidente sul-africano, Thabo Mbeki (de 1999 a 2008), estão num conflito que continua a dividir o seu partido, soube a PANA de fonte oficial.
Num discurso público pronunciado em maio último, Mbeki (ex-presidente do ANC, de 1997 a 2007) criticou as capacidades de liderança de Magashule e a sua vontade de desafiar a sua suspensão em tribunal.
Magashule é acusado de fraude, suborno e branqueamento de capitais, no quadro de um contrato de vários milhões de dólares americanos sobre o amianto, assinado quando era primeiro-ministro provincial, disse.
Por sua vez, Magashule escreveu uma carta aberta a Mbeki, acusando-o de ser "o rosto confirmado de uma campanha de difamação, insulto e julgamento contra mim."
Criticando a presidência de Mbeki, Magashule afirmou que ela "foi singularmente responsável pela noção de negação pelo ANC da existência do VIH/Sida."
Este negacionismo, melhor compreendido no luxo dum aparente pensamento independente elitista, foi pago caro, com a perda de mais de 300.000 vidas humanas, na sua maioria negras, denunciou.
"No entanto, tu, meu camarada, até hoje, nunca pediste desculpas por este ato ignóbil por que es responsável. Trata-se de um crime contra as massas negras", acrescentou.
-0- PANA CU/VAO/BAI/IS/DIM/DD 17junho2021