Confinamentos diminuem comércio em África, segundo Afreximbank
Cidade, Egito (PANA) - O comércio africano deverá contrair-se consideravelmente devido ao fecho de fronteiras, do transporte aéreo e às perturbações da cadeia de abastecimento por causa da pandemia do coronavírus, alertou, quarta-feira o Banco Africano de Importação e Exportação (Afreximbank).
No seu relatório anual sobre o comércio em África, o Banco diz que as perturbações do comércio serão, no entanto, compensadas pela intensificação das trocas no quadro de um acordo comercial continental.
O relatório deste ano está concentrado no Comércio Informal Transfronteiriço (CTI) e fornece visões inovadoras sobre a amplitude, a composição e as iniciativas do comércio informal transfronteiriço, em África, declarou o Afreximbank.
O documento explora igualmente os custos económicos das medidas de confinamento a nível mundial, sobre a oferta e procura, e as restrições sobre a circulação de pessoas devido ao fecho das fronteirças e dos aeroportos.
Se as previsões relativas ao impacto potencial da covid-19 sobre o comércio africano para o setor formal são conhecidas, as relativas ao Comércio Transfronteiriço Informal não podem ser precisadas.
Estima-se que a formalização do comércio transfronteiriço informal poderá potencialmente aumentar as cifras do comércio oficial de 30 para 50 porcento, em função da região.
O relatório sobre o comércio africano representa o relatório anual principal do Afreximbank.
A edição de 2020 do relatório tem como tema "CTI em África: o tamanho, a composição e a via para a formalização no contexto da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA)” e foi preparada pelo departamento de pesquisa e cooperação internacional do Afreximbank em colaboração com a Comissão Económica das Nações Unidas para África (CEA).
O relatório examina igualmente as cifras macroeconómicas e comerciais, a partir de 2019 e reflete sobre o impacto da covid-19, no comércio africano.
-0- PANA AO/AR/MTA/IS/FK/IZ 17dez2020