Agência Panafricana de Notícias

Confiança dos consumidores com valor mais baixo em Cabo Verde

Praia, Cabo Verde (PANA) – O Indicador de Confiança no Consumidor, em Cabo Verde, manteve a tendência descendente, registando o valor mais baixo dos últimos sete trimestres consecutivos, apurou a PANA de fonte oficial.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), o referido indicador evoluiu negativamente face ao mesmo período de 2019, enquanto os resultados do terceiro trimestre do ano em curso se situam abaixo da média da série.

O mesmo indicador revela uma diminuição da confiança das famílias cabo-verdianas inquiridas que, no entanto, indicaram ao INE que, nos últimos 12 meses, tanto a sua situação económica do seu lar como a situação económica do país evoluíram positivamente relativamente ao trimestre homólogo do ano passado.

Na opinião dos inquiridos, os preços de bens e serviços diminuíram face ao trimestre homólogo, embora o desemprego tenha aumentando relativamente ao mesmo período de 2019.

Já no que se refere ao item poupança, 89,4 por cento  dos inquiridos no terceiro trimestre do ano de 2020 considerou que, ainda, a atual situação económica do país "não permite poupar dinheiro".

No trimestre homólogo, esse percentual foi de 75,4 por cento, o que representa uma diferença de 14 pontos percentuais entre os dois períodos, descrevem os dados do INE revelados, terça-feira, na cidade da Praia.

O INE realça ainda que 5,9 por cento dos inquiridos afirmaram ser possível poupar algum dinheiro com a atual situação económica do país, sendo que, no trimestre homólogo, era de 23,1 por cento, apresentando um decréscimo de 17,2 pontos percentuais.

Na opinião das famílias inquiridas, para os próximos 12 meses, tanto a sua situação financeira como a situação económica do país deverão evoluir negativamente face ao trimestre homólogo.

Para essas famílias, os preços de bens e serviços deverão diminuir e o desemprego aumentar face ao trimestre homólogo.

Cerca de 90 em cada 100 entrevistados afirmaram ter a certeza absoluta de que não tencionam comprar um carro, nos próximos dois anos.

Ainda no terceiro trimestre de 2020, cerca de 11 por cento dos inquiridos asseguraram que provavelmente irão comprar uma casa ou construir uma casa, nos próximos dois anos.

No terceiro trimestre do ano passado, 23,3 por cento dos inquiridos tinham essa pretensão, correspondendo a um decréscimo de 12,4 pontos percentuais.

-0- PANA CS/IZ 18nov2020