PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Condenação do jornalista Abba nos Camarões contraria liberdade de imprensa, diz CPJ
Abidjan, Côte d’Ivoire (PANA) – O Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) qualificou a condenação do jornalista Ahmed Abba a 10 anos de prisão por um Tribunal Militar, nos Camarões, como uma vontade das autoridades camaronesas de intimidar os órgãos de comunicação e de contrariar a libertade da imprensa.
Após o anúncio da condenação de Abba, segunda-feira, a coordenadora do CPJ para o Programa África, Angela Quintal, declarou que o jornalista nunca devia ser detido, julgado e inculpado pela sua profissão.
“Este veredito escandaloso dá a medida da vontade das autoridades camaronesas de intimidar os órgãos de comunicação e de contrariar a liberdade da imprensa", denunciou.
Encarcerado desde julho de 2015 pela difusão duma reportagem sobre o grupo extremista Boko Haram, Ahmed Abba foi declarado culpado, a 20 de abril último, pelos delitos de não denúncia do terrorismo e de branqueamento de produtos provenientes de atos terroristas, mas foi ilibado da acusação de apologia do terrorismo.
Abba foi condenado também a pagar uma multa de 55 milhões de francos CFA (91 mil dólares americanos), mas o seu advogado, Clément Nakong, prometeu interpor um recurso de cassação contra o veredito do Tribunal Militar dentro de 10 dias, em conformidade com a lei.
Abba colaborava para o serviço Haoussa da Radio France Internationale (RFI).
Após a sua inculpação, o CPJ reclamou às autoridades camaronesas a sua libertação sem delongas, afirmando que garantir a cobertura jornalística do terrorismo não devia ser assimilada com a comissão de atos terroristas .
O CPJ iniciou a favor de Abba a campanha « Free the Press » que visa uma tomada de consciência e agir para o caso dos 10 jornalistas detidos por delitos ligados à legislação antiterrorista.
-0- PANA BAL/JSG/FK/IZ 25abril2017
Após o anúncio da condenação de Abba, segunda-feira, a coordenadora do CPJ para o Programa África, Angela Quintal, declarou que o jornalista nunca devia ser detido, julgado e inculpado pela sua profissão.
“Este veredito escandaloso dá a medida da vontade das autoridades camaronesas de intimidar os órgãos de comunicação e de contrariar a liberdade da imprensa", denunciou.
Encarcerado desde julho de 2015 pela difusão duma reportagem sobre o grupo extremista Boko Haram, Ahmed Abba foi declarado culpado, a 20 de abril último, pelos delitos de não denúncia do terrorismo e de branqueamento de produtos provenientes de atos terroristas, mas foi ilibado da acusação de apologia do terrorismo.
Abba foi condenado também a pagar uma multa de 55 milhões de francos CFA (91 mil dólares americanos), mas o seu advogado, Clément Nakong, prometeu interpor um recurso de cassação contra o veredito do Tribunal Militar dentro de 10 dias, em conformidade com a lei.
Abba colaborava para o serviço Haoussa da Radio France Internationale (RFI).
Após a sua inculpação, o CPJ reclamou às autoridades camaronesas a sua libertação sem delongas, afirmando que garantir a cobertura jornalística do terrorismo não devia ser assimilada com a comissão de atos terroristas .
O CPJ iniciou a favor de Abba a campanha « Free the Press » que visa uma tomada de consciência e agir para o caso dos 10 jornalistas detidos por delitos ligados à legislação antiterrorista.
-0- PANA BAL/JSG/FK/IZ 25abril2017