PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Comunidades africanas debatem situação da criança em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – A Plataforma das Comunidades Africanas residentes em Cabo Verde assinala, esta terça-feira, o Dia da Criança Africana, com a realização de uma conferência para debater sobre questões ligadas à educação, à língua e à inclusão social dos filhos dos imigrantes, apurou a PANA na cidade da Praia.
De acordo com uma fonte da instituição, a conferência, intitulada “Criança Africana numa perspetiva pan-africanista ”, enquadra-se no âmbito das ações que a Plataforma vem fazendo para “consciencializar a população cabo-verdiana, essencialmente os jovens e adolescentes, daquilo que realmente é o valor simbólico do Dia da Criança Africana.
Trata-se igualmente de "agitar um pouco a mentalidade das pessoas para uma melhor convivência entre os diferentes povos”.
“Deveres e direitos das crianças”, “a educação da criança numa perspetiva pan-africanista”, e a “aquisição da língua como um instrumento de integração e inclusão de qualquer criança” serão os temas a serem debatidos na conferência que vai ser presidida pela ministra cabo-verdiana da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada.
A Plataforma considera ser necessário promover um conjunto de ações para que a integração das crianças seja feita de uma forma mais afetiva, dinâmica e solidária, tendo em conta que muitas delas são rejeitadas pelos adultos.
A organização considera, por isso, necessário educar a criança em Cabo Verde, “a génese do desenvolvimento do país”, para que ela reconheça os aspetos culturais dos outros que lhes permitam ter um princípio de sã convivência com os outros originários dos países africanos que vivem no arquipélago.
A Plataforma, que reconhece que o fenómeno da imigração é recente em Cabo Verde, garante que está a trabalhar para desmistificar a visão “minimalista” que ainda se verifica na sociedade cabo-verdiana em relação aos povos oriundos do continente.
Neste momento, as crianças e adultos imigrantes estão a frequentar aulas de alfabetização, para que possam ter um instrumento próprio de trabalho e para uma educação mais adequada e qualitativa.
Também os líderes comunitários estão a ser capacitados, de forma a terem condições e objetivos definidos para promover a questão das crianças nas comunidades.
A Plataforma das Comunidades Africanas, criada há cinco anos, tem como objetivo fundamental zelar pela integração plena do imigrante e cidadão africano residente em Cabo Verde, bem como pela dinamização e pelo fomento de atividades de natureza cívica, social e cultural.
Neste momento, encontram-se filiadas na plataforma 15 associações.
Ao fazer o balanço dos cinco anos da sua criação, que também coincidem com o Dia de África, o presidente da organização, Tony Parker, apontou como ganhos a existência hoje em Cabo Verde de políticas governamentais para a imigração, de uma estratégia nacional para a sua implementação, bem como a criação da Unidade de Coordenação da Imigração.
Na sessão plenária de abril passado do Parlamento, os deputados cabo-verdianos aprovaram, por unanimidade e na generalidade, o projeto de lei que estabelece o regime jurídico dos imigrantes, devendo a sua votação global e final acontecer na sessão que começa esta semana.
Os resultados das Estatísticas das Migrações, apresentados em abril passado, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelaram que a população imigrante em Cabo Verde é estimada em 17 mil 807 indivíduos.
A maioria é originária da Guiné-Bissau (22,3%) e de São Tomé e Príncipe (20,9%). Seguem-se por ordem de importância os que nasceram em Angola (13,1%) e Senegal (9,9%).
-0- PANA CS/IZ 17junho2014
De acordo com uma fonte da instituição, a conferência, intitulada “Criança Africana numa perspetiva pan-africanista ”, enquadra-se no âmbito das ações que a Plataforma vem fazendo para “consciencializar a população cabo-verdiana, essencialmente os jovens e adolescentes, daquilo que realmente é o valor simbólico do Dia da Criança Africana.
Trata-se igualmente de "agitar um pouco a mentalidade das pessoas para uma melhor convivência entre os diferentes povos”.
“Deveres e direitos das crianças”, “a educação da criança numa perspetiva pan-africanista”, e a “aquisição da língua como um instrumento de integração e inclusão de qualquer criança” serão os temas a serem debatidos na conferência que vai ser presidida pela ministra cabo-verdiana da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos, Janira Hopffer Almada.
A Plataforma considera ser necessário promover um conjunto de ações para que a integração das crianças seja feita de uma forma mais afetiva, dinâmica e solidária, tendo em conta que muitas delas são rejeitadas pelos adultos.
A organização considera, por isso, necessário educar a criança em Cabo Verde, “a génese do desenvolvimento do país”, para que ela reconheça os aspetos culturais dos outros que lhes permitam ter um princípio de sã convivência com os outros originários dos países africanos que vivem no arquipélago.
A Plataforma, que reconhece que o fenómeno da imigração é recente em Cabo Verde, garante que está a trabalhar para desmistificar a visão “minimalista” que ainda se verifica na sociedade cabo-verdiana em relação aos povos oriundos do continente.
Neste momento, as crianças e adultos imigrantes estão a frequentar aulas de alfabetização, para que possam ter um instrumento próprio de trabalho e para uma educação mais adequada e qualitativa.
Também os líderes comunitários estão a ser capacitados, de forma a terem condições e objetivos definidos para promover a questão das crianças nas comunidades.
A Plataforma das Comunidades Africanas, criada há cinco anos, tem como objetivo fundamental zelar pela integração plena do imigrante e cidadão africano residente em Cabo Verde, bem como pela dinamização e pelo fomento de atividades de natureza cívica, social e cultural.
Neste momento, encontram-se filiadas na plataforma 15 associações.
Ao fazer o balanço dos cinco anos da sua criação, que também coincidem com o Dia de África, o presidente da organização, Tony Parker, apontou como ganhos a existência hoje em Cabo Verde de políticas governamentais para a imigração, de uma estratégia nacional para a sua implementação, bem como a criação da Unidade de Coordenação da Imigração.
Na sessão plenária de abril passado do Parlamento, os deputados cabo-verdianos aprovaram, por unanimidade e na generalidade, o projeto de lei que estabelece o regime jurídico dos imigrantes, devendo a sua votação global e final acontecer na sessão que começa esta semana.
Os resultados das Estatísticas das Migrações, apresentados em abril passado, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelaram que a população imigrante em Cabo Verde é estimada em 17 mil 807 indivíduos.
A maioria é originária da Guiné-Bissau (22,3%) e de São Tomé e Príncipe (20,9%). Seguem-se por ordem de importância os que nasceram em Angola (13,1%) e Senegal (9,9%).
-0- PANA CS/IZ 17junho2014