Agência Panafricana de Notícias

Comunidade internacional afirma legitimidade de Parlamento líbio

Tripoli, Líbia (PANA) - O chefe da Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL), Bernardino Leon, afirmou quarta-feira à noite que a comunidade internacional considera o Parlamento como o representante legítimo dos Líbios, notando que a ONU estuda a decisão do Tribunal Supremo que declarou "as eleições inconstitucionais".

Em entrevista a uma cadeia de televisão, Leon disse que "o Estado líbio está à beira da explosão e duma guerra civil aberta".

O emissário onusino sublinhou a necessidade de trabalhar para "alcançar rapidamente uma solução para a crise na Líbia", acrescentando que não se deve envolver "alguns grupos armados no diálogo", sem, no entanto, os nomear.

Ele precisou que "os moderados dos dois lados do conflito devem conduzir o diálogo" que deveria ser limitado aos "atores políticos", sublinhando que as Nações Unidas estariam favoráveis a qualquer iniciativa para pôr termo à crise.

Leon acrescentou que a ONU busca "tirar as milícias das cidades e aeroportos", considerando que "renunciar à violência e ao terrorismo é um engajamento na via democrática, uma condição de base para participar no diálogo".

Relativamente à decisão do Tribunal Supremo em Tripoli sobre a inconstitucionalidade das emendas da Comissão de fevereiro, Leon declarou que o Parlamento é "o único representante legítimo na Líbia".

Contudo, ele revelou que a ONU estuda ainda o veredito do Tribunal Supremo que foi rejeitado pelo Parlamento internacionalmente reconhecido, sublinhando que "a solução para a crise na Líbia deve ser política e não jurídica".

O chefe da MANUL reuniu-se, terça-feira em Tripoli, com o presidente do Congresso Geral Nacional (CGN), Parlamento cessante, no quadro dos esforços visando organizar um diálogo inclusivo depois do veredito do Tribunal Supremo que põe em causa a legitimidade do Parlamento reunido em Tobrouk que ele invalidou.

-0- PANA BY/IS/MAR/TON 13nov2014