PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Composição da nova equipa governamental largamente mediatizada no Mali
Bamako, Mali (PANA) - A imprensa maliana destaca largamente nas suas diversas publicações de sexta-feira a composição da nova equipa governamental formada quarta-feira pelo Presidente de transição, Dioncounda Traoré.
O L’Essor (diário nacional) revelou em primeiro lugar o tamanho do Governo que se reduziu claramente pois, prosseguiu o jornal, a antiga equipa integrava 32 ministros e a atual 24 e a presença duma forte maioria de técnicos não ou muito pouco marcados politicamente mas com uma forte experiência profissional.
Uma experiência e uma profissão que deveriam, segundo o diário nacional, revelar-se preciosas no contexto da urgência em nasceu o Governo, um contexto que pressupõe uma adaptação imediata e exclui qualquer estado de graça, escreveu o jornal.
Segundo o jornal, dada a sua elaboração, a equipa dirigida pelo primeiro-ministro Cheick Modibo Diarra dá boa impressão.
"Visivelmente, a vontade de privilegiar a eficiência e evitar perdas de tempo prejudiciais prevaleceu face à manutenção de improváveis equilíbrios entre as componentes às vezes antagonistas das forças vivas", acrescentou o L'Essor.
Um diário privado, L’Indépendant, destaca que o Governo de Cheick Modibo Diarra foi finalmente criado, sublinhando que ele é interado por 24 membros sem partidos políticos e por ilustres desconhecidos do grande público.
De acordo com esta publicação, as formações políticas não foram consultadas durante a sua composição.
"ADEMA, que conta o maior número de deputados na Assembleia nacional, não foi consultada mais que outras formações políticas. Portanto não se vê a presença das forças políticas ou da sociedade civil que se mobilizaram nestes últimos tempos para apoiar o CNRDRE (junta militar) ou, pelo contrário, protestar contra a junta pedindo-lhe nem mais nem menos para regressar às suas casernas", indicou o L’Indépendant.
Por sua vez, o Les Echos (diário privado) considera que o contexto sócio-político do país é tal que os membros do Governo têm mais missões a cumprir do que o poder a exercer e são esperados, mais do que nunca, no terreno da unidade de ação dos filhos do Mali, da restauração da integridade territorial, da soberania nacional".
Do seu lado, o Le Républicain (outro diário privado) publicou as declarações dos dois blocos (pró e anti junta) que tinham até agora pontos de vista divergentes sobre a pertinência do golpe de Estado de 22 de março mas que se reunem para criticar a nova equipa governamental.
Na sua declaração, a Frente Unida para a Defesa da República e Democracia (FDR), oposta ao golpe de Estado, sustenta que este Governo foi formado em violação flagrante do acordo-quadro que prevê claramente a criação dum "Governo de União Nacional integrado por figuras consensuais".
No entanto o Movimento Popular de 22 de março (MP 22 favorável à mudança) acha que este Governo não é de jeito nenhum um Governo de União Nacional tão almejado pelo Acordo-Quadro de 6 de abril de 2012 e muito menos o desejado pelas forças vivas da nação.
Para o MP22, "este Governo não pode de jeito nenhum incarnar a mudança a que aspiram fundamentalmente as populações malianas porque é composto claramente por Malianos,mas por homens que assumiram mais comprometidos com chefes de Estado estrangeiros e com instituições regionais e internacionais do que com a vida pública maliana, do lado das forças patrióticas e do progresso".
Mais críticos ainda são o le Sphinx (bi-semanário privado) e o Info-Matin (diário privado).
O primeiro títulou na sua primeira página: "O CNRDRE e o general Moussa Traoré retomam o poder, Ségou jubila !", enquanto o segundo sustenta que "Isto não vai dar certo".
O L'Aube (bi-semanário de notícias gerais), o L’Aube" coloca uma série de perguntas sobre "as possibilidades do sucesso da equipa com a exclusão dos partidos políticos da gestão do poder que lhe parece "uma ação suicidária".
-0- PANA GT/TBM/CJB/DD 27abril2012
O L’Essor (diário nacional) revelou em primeiro lugar o tamanho do Governo que se reduziu claramente pois, prosseguiu o jornal, a antiga equipa integrava 32 ministros e a atual 24 e a presença duma forte maioria de técnicos não ou muito pouco marcados politicamente mas com uma forte experiência profissional.
Uma experiência e uma profissão que deveriam, segundo o diário nacional, revelar-se preciosas no contexto da urgência em nasceu o Governo, um contexto que pressupõe uma adaptação imediata e exclui qualquer estado de graça, escreveu o jornal.
Segundo o jornal, dada a sua elaboração, a equipa dirigida pelo primeiro-ministro Cheick Modibo Diarra dá boa impressão.
"Visivelmente, a vontade de privilegiar a eficiência e evitar perdas de tempo prejudiciais prevaleceu face à manutenção de improváveis equilíbrios entre as componentes às vezes antagonistas das forças vivas", acrescentou o L'Essor.
Um diário privado, L’Indépendant, destaca que o Governo de Cheick Modibo Diarra foi finalmente criado, sublinhando que ele é interado por 24 membros sem partidos políticos e por ilustres desconhecidos do grande público.
De acordo com esta publicação, as formações políticas não foram consultadas durante a sua composição.
"ADEMA, que conta o maior número de deputados na Assembleia nacional, não foi consultada mais que outras formações políticas. Portanto não se vê a presença das forças políticas ou da sociedade civil que se mobilizaram nestes últimos tempos para apoiar o CNRDRE (junta militar) ou, pelo contrário, protestar contra a junta pedindo-lhe nem mais nem menos para regressar às suas casernas", indicou o L’Indépendant.
Por sua vez, o Les Echos (diário privado) considera que o contexto sócio-político do país é tal que os membros do Governo têm mais missões a cumprir do que o poder a exercer e são esperados, mais do que nunca, no terreno da unidade de ação dos filhos do Mali, da restauração da integridade territorial, da soberania nacional".
Do seu lado, o Le Républicain (outro diário privado) publicou as declarações dos dois blocos (pró e anti junta) que tinham até agora pontos de vista divergentes sobre a pertinência do golpe de Estado de 22 de março mas que se reunem para criticar a nova equipa governamental.
Na sua declaração, a Frente Unida para a Defesa da República e Democracia (FDR), oposta ao golpe de Estado, sustenta que este Governo foi formado em violação flagrante do acordo-quadro que prevê claramente a criação dum "Governo de União Nacional integrado por figuras consensuais".
No entanto o Movimento Popular de 22 de março (MP 22 favorável à mudança) acha que este Governo não é de jeito nenhum um Governo de União Nacional tão almejado pelo Acordo-Quadro de 6 de abril de 2012 e muito menos o desejado pelas forças vivas da nação.
Para o MP22, "este Governo não pode de jeito nenhum incarnar a mudança a que aspiram fundamentalmente as populações malianas porque é composto claramente por Malianos,mas por homens que assumiram mais comprometidos com chefes de Estado estrangeiros e com instituições regionais e internacionais do que com a vida pública maliana, do lado das forças patrióticas e do progresso".
Mais críticos ainda são o le Sphinx (bi-semanário privado) e o Info-Matin (diário privado).
O primeiro títulou na sua primeira página: "O CNRDRE e o general Moussa Traoré retomam o poder, Ségou jubila !", enquanto o segundo sustenta que "Isto não vai dar certo".
O L'Aube (bi-semanário de notícias gerais), o L’Aube" coloca uma série de perguntas sobre "as possibilidades do sucesso da equipa com a exclusão dos partidos políticos da gestão do poder que lhe parece "uma ação suicidária".
-0- PANA GT/TBM/CJB/DD 27abril2012