Agência Panafricana de Notícias

Companhias aéreas nigerianas recusam pagar impostos

Lagos, Nigéria (PANA) – As companhias aéreas nigerianas decidiram suspender o pagamento de impostos a partir de 1 de novembro de 2013, enquanto o escândalo das limusinas blindadas compradas pela ministra da Aviação no valor de 255 milhões de nairas (um milhão e 600 mil dólares americanos) não for esclarecido.

A ministra nigeriana da Aviação, Stelle Oduah, é objeto de críticas por ter aprovado a aquisição de duas limusinas blindadas de marca BMW, no valor de 225 milhões de nairas (cerca de um milhão 600 mil dólares americanos), para o seu uso pessoal.

Os preços das limusinas teriam sido sobrefaturados.

« Devido à crise em curso, decidimos cessar qualquer pagamento à Autoridade Nacional da Aviação Civil, à Agência de Gestão do Espaço Aéreo da Nigéria, à Autoridade Federal dos Aeroportos da Nigéria e a outros organismos da aviação, dado que estas numerosas despesas têm a potencialidade de paralisar as nossas atividades », indicou a associação dos operadores aéreos, a Airline Operators of Nigeria (AON), num comunicado.

« Ela será efetiva até que eles reformem ou digam a verdade sobre as despesas e os impostos recolhidos, o que equivale a uma soma de vários biliões de nairas em dois anos. Eles devem também reformar para se conformar com as normas e as práticas internacionais », precisa a AON.

« A suspensão do pagamento dos impostos e das despesas tem efeito a partir de 1 novembro de 2013 e pedimos ao Governo Federal e a todos os interessados para formar uma comissão de inquérito para corrigir essas anomalias», prossegue o comunicado.

A ministra nigeriana, que ignorou os apelos para a sua demissão, refutou qualquer abuso, insistindo que a aquisição dos veículos pela Autoridade Nigeriana da Aviação Civil-uma agência do Ministério da Aviação - foi efetuada de forma conforme.

O comité criado pelo Presidente Goodluck Jonathan para investigar sobre esta aquisição deve submeter o seu relatório esta semana, enquanto a Câmara dos Representantes (a Câmara Baixa) realiza igualmente investigações sobre este escândalo.

-0- PANA SEG/NFB/JSG/IBA/FK/TON 04nov2013