Agência Panafricana de Notícias

Comissário reafirma importância da Autoridade da UA

Tripoli- Líbia (PANA) -- O comissário para a Paz e Segurança da União Africana (UA), Ramdhane Lamamara, afirmou domingo, em Tripoli (Líbia), que a transformação da Comissão da UA numa Autoridade da União visa reforçar o quadro institucional da organização continental para lhe permitir melhor cumprir o seu papel enquanto instrumento de integração dos países africanos.
Apresentando uma intervenção do presidente da Comissão da UA, Jean Ping, numa reunião de peritos aberta em Tripoli, Lamamara afirmou que todos os países africanos aceitaram o projecto de criação dos Estados Unidos de África e que as divergências residem unicamente na forma, no ritmo e nos meios de realizar este último objectivo da União.
Ele apelou aos peritos para considerar esta realidade, a fim de elaborar propostas de natureza a permitir aos decisores políticos tomar decisões judiciosas para a realização da transformação da Comissão numa Autoridade, adoptada pela cimeira da UA de Julho de 2009 em Sirtes (Líbia).
O comissário da União Africana para a Segurança e Paz rendeu uma vibrante homenagem ao líder líbio Muamar Kadafi pelo compromisso permanente e contínuo com vista à aceleração da integração socioeconómica de África.
Ele afirmou que a vontade expressa pelo líder líbio, "que sempre esteve na vanguarda da acção unionista", deverá servir de "fonte de inspiração aos participantes neste encontro para fazer avançar este projecto histórico".
Por sua vez, o secretário-geral do Comité Popular Geral (ministro) líbio das Relações Exteriores e Cooperação Internacional, Khaled Kaeim, lembrou os esforços do seu país visando promover e realizar a integração entre os países do continente, através da criação dos Estados Unidos de África.
Ele estimou, por outro lado, que esta reunião constitui uma oportunidade de aceleração da realização deste projecto através do reforço da capacidade institucional da União, afirmando que não se trata de efectuar uma simples mudança de nome, mas de dotar as novas estruturas de competências reais que lhes permitam cumprir as suas missões.
O responsável líbio insistiu na necessidade da instalação duma estrutura de defesa, devido à pirataria prevalecente actualmente, bem como da decisão, adoptada pela cimeira de Sirtes, de criar uma Agência de Controlo das Fronteiras Marítimas do continente.